domingo, 29 de julho de 2018

O Botafogo pós-Copa: inofensivo e resignado


 Nesse domingo, em Porto Alegre, o Botafogo fez o quarto jogo sob o comando do treinador Paquetá e foi derrotado pela terceira vez. O revés foi por 3x0, com o alvinegro facilmente batido pelo adversário e a sensação que passou para o seu torcedor é que estava resignado. Nos quatro jogos sob o comando do novo treinador, são 3 derrotas e 1 vitória, com um gol marcado e sete sofridos. Na única vitória, a atuação também deixou muito a desejar e os torcedores somente respiraram aliviados após o apito final.

 O nosso setor ofensivo tem sido inoperante, inversamente proporcional ao setor defensivo, que tem sofrido muitos gols. Não à toa, temos o saldo de 4 gols negativos. O treinador colocou uma escalação diferente a cada jogo, mas o rendimento não melhorou, pelo contrário.

 O clube já teve um prejuízo enorme aos ser eliminado precoce e vergonhosamente da Copa do Brasil, quando a direção apostou em um treinador sem qualquer experiência. Agora, aposta em um que atuou por muitos anos em países sem muito destaque e força no futebol. Já temos jogo pela Copa Sul-americana na quarta-feira e esperamos que não haja nova decepção, como na Copa do Brasil, devido à nova aposta da direção do clube.

 Nesse domingo, com algumas surpresas na escalação, como Luis Ricardo e Marcinho atuando juntos, Renatinho no meio e Aguirre como centro-avante, até pareceu de início que poderia render algo, quando aos 7 minutos, em escanteio da esquerda, Aguirre, posicionado no 1º pau, cabeceou rente à trave. Mera ilusão, já que a partir daí eles começaram a nos pressionar: aos 10 acertaram nossa trave; aos 15, em falta cobrada para nossa área, um adversário cabeceou sozinho e mandou por cima; aos 18, em chute cruzado da esquerda, Saulo pulou e espalmou para escanteio; aos 26 um adversário recebeu na área, chutou forte e Saulo mandou para escanteio; aos 27, de tanto martelar, eles abriram o placar, quando, após cruzamento da direita, Marcinho saltou, não alcançou e um atacante chutou de primeira para as redes.

 Após o primeiro gol, o bombardeio continuou: aos 32, em chute de longe, Saulo mandou para escanteio; aos 33, após cobrança de escanteio, Saulo foi na bola, não conseguiu cortar, um adversário pegou o rebote e mandou para fora; aos 44, Rabello perdeu a bola no campo de defesa, saiu um cruzamento da direita para a esquerda e um atacante, completamente livre, dominou e chutou para as redes, ampliando o placar: 2x0.

 Sem produzir nada em campo, o Botafogo voltou para o 2º tempo sem NENHUMA alteração. Iniciada a etapa final, logo aos 3 minutos, a bola foi chutada cruzada da entrada da área e passou perto da meta de Saulo; aos 12, a bola iria sair pela linha de lado, Moisés correu e conseguiu evitar, mas deixou limpa para um adversário, que tabelou, cruzou rasteiro da direita para a esquerda e outro atacante só teve o trabalho de empurrar para as redes: 3x0.

 O treinador alvinegro, logo após o 3º gol e com a enorme desvantagem, finalmente alterou a equipe, sacando Marcinho e colocando Brenner. Alguns minutos depois ele substituiu Moisés, que sentiu uma lesão e colocou Gilson. Depois foi a vez de Luiz Fernando ser substituído por Léo Valencia.

 O time adversário deu uma desacelerada por conta da vantagem obtida e o Botafogo continuava inoperante ofensivamente. A equipe gaúcha quase ampliou aos 29, em contra-ataque que gerou bate-rebate na nossa área. Pelo nosso lado, somente chegamos quando o time gaúcho administrava o jogo: aos 30, Aguirre chutou de longe e o goleiro rebateu; aos 35, Renatinho arriscou de longe e o goleiro defendeu em dois tempos; aos 45, Aguirre arrancou em velocidade, chutou de longe e o goleiro mandou para escanteio.

 É triste, é desalentador, é angustiante ver o Botafogo ter atuações tão ruins em sequência.

Cartões

 Amarelo para Brenner e Gilson (3º dele, ficando suspenso do jogo contra o Santos).

Escalação/substituições

 Saulo, Luis Ricardo, Joel Carli, Igor Rabello e Moisés (Gilson); Jean, Matheus Fernandes, Marcinho (Brenner), Renatinho e Luiz Fernando (Léo Valencia); Aguirre.

 Saudações alvinegras.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Sabe-se lá como, mas VENCEMOS


 No retorno ao Nilton Santos após a Copa, o Botafogo derrotou a Chapecoense por 1x0 e termina a 15ª rodada na 10ª posição. A vitória veio, mas a atuação foi fraquíssima, com excesso de erros, bolas entregues a jogadores adversários, o que deixou apreensiva a maioria dos torcedores e o alívio somente foi possível com o apito final do árbitro. Diante das limitações que o time alvinegro tem apresentado em campo, o que acaba valendo mesmo é a vitória e, com ela, os três pontos.

 Não que o adversário tenha feito por merecer resultado melhor, mas os riscos que tivemos foram causados por nós mesmos, com erros em demasia. Tais erros tiveram início nos primeiros minutos de jogo, em passe errado de Marcinho no campo de defesa, mas o adversário não aproveitou. Aos 5, Léo Valencia atrasou no pé de um adversário, que chutou e Saulo defendeu. Aos 24 um jogador catarinense foi lançado, mas Saulo conseguiu interceptar junto aos seus pés e evitou o perigo.

 Já no 2º tempo, aos 7 minutos, Rabello recuou mal para Saulo, a bola se dirigia para um jogador adversário, mas o goleiro alvinegro conseguiu chegar antes na bola e salvar o perigo. Sem nossos erros, pouco o time adversário assustava, com exceção do abafa final, onde levamos um susto aos 40, quando Moisés cortou uma conclusão dentro da área, e nos acréscimos, em cobrança de falta cometida por Lindoso junto da linha de lado, com a bola indo para as redes, mas o lance foi anulado por impedimento.

 Na parte ofensiva, tivemos dificuldade para criar situações claras de gol. No 1º tempo, aos 16 minutos, Kieza avançou pela esquerda, tocou para Léo Valencia na entrada da área e o chileno rolou para Matheus Fernandes chutar colocado perto da trave. Aos 20, o próprio Matheus Fernandes arriscou novamente, de longe e o goleiro defendeu.

 O time alvinegro não melhorou no 2º tempo, mas aos 9 minutos Léo Valencia dominou na direita, cruzou na área, Kieza tentou dominar e acabou servindo Marcinho, que chutou forte, colocado e marcou o gol alvinegro. Aos 23, em cobrança de falta pelo lado esquerdo, a bola foi na área adversária, Kieza raspou de cabeça e o goleiro pegou fácil. No final da partida, em contra-ataque puxado por Kieza pelo lado esquerdo, a bola foi cruzada rasteira para a área adversária e Moisés mandou para as redes, mas a arbitragem anulou, alegando falta do nosso lateral ao trombar com um adversário quando se aproximava da área.

 Diante de tantos erros na partida dessa quinta, somente destaco positivamente a atuação do goleiro Saulo. Existia a dúvida de como ele se sairia como titular, devido às contusões de Jefferson e Gatito, mas o jovem goleiro foi bem, tendo inclusive evitado dois gols, em duas chances do time catarinense, uma em cada tempo.

Cartões

 Amarelo para Pimpão e Lindoso (ambos estavam pendurados e não enfrentarão o Internacional no domingo).

Escalação/substituições

 Saulo, Marcinho (Luis Ricardo), Joel Carli, Igor Rabello e Moisés; Lindoso, Matheus Fernandes, Léo Valencia (Renatinho) e Gilson; Pimpão (Ezequiel) e Kieza.

 Saudações alvinegras!

domingo, 22 de julho de 2018

Derrotado em apenas 7 minutos


 Depois da derrota no meio da semana para o Corinthians, em São Paulo, o Botafogo buscava se recuperar nesse sábado, em clássico contra o Flamengo, no Maracanã, mas acabou sofrendo novo revés, pelo mesmo placar da quarta-feira passada.

 Uma atuação muito fraca da equipe alvinegra, tanto defensiva, quanto ofensivamente. Preocupa a sequência da competição, pelo nível que a equipe alvinegra vem apresentando. Esperamos que a direção do clube busque agir de forma a reforçar esse time, mas sabemos que a questão financeira é um obstáculo. Não adianta trazer qualquer um, ficar fazendo apostas, como fez agora na escolha do treinador. Será que a direção não consegue montar uma equipe que possa ser minimamente organizada e competitiva. A equipe alvinegra, no momento, tem um saldo negativo de gols e não dá para ficar tranquilo com isso.

 Se no jogo de quarta sofremos um gol logo nos primeiros minutos, nesse sábado sofremos dois. Com 7 minutos do 1º tempo o placar já apontava a vantagem do rival por dois gols de diferença, placar esse que permaneceu até o final da partida.

 O treinador colocou a equipe em campo com três volantes, mas isso não impediu a equipe adversária de encontrar espaços, fazer a bola chegar a um atacante logo aos 4 minutos, pelo lado esquerdo, e ele firular na frente de Luis Ricardo, cortar para dentro e chutar no ângulo, sem que Jefferson reagisse no lance. Três minutos após o primeiro gol, o mesmo atacante recebeu novamente na esquerda, lançou em direção a pequena área, Rabello dividiu com um adversário, a bola sobrou para outro jogador da equipe rival, que se antecipou em dividida com Jefferson e ampliou. O nosso goleiro se contundiu nessa dividida e foi substituído 10 minutos depois por Saulo.

 Nossa primeira conclusão a gol na partida somente aconteceu aos 18 minutos, em chute fraco de Léo Valencia. A nossa melhor chance foi aos 27, quando Moisés avançou em velocidade, tocou para Kieza, que entrou na área e chutou mal, para fora. Tivemos um outro lance, em cruzamento para a área adversária, que Carli estava inteiro para cabecear, mas Kieza se antecipou e acabou atrapalhando. A equipe adversária controlou a vantagem e o jogo foi para o intervalo.

 A equipe alvinegra voltou para a 2ª etapa com Aguirre na vaga de Jean. Logo aos 2 minutos o uruguaio ganhou de dois marcadores pela direita, chutou e acertou a rede pelo lado de fora. Seria o dia dele? Infelizmente não. O atacante uruguaio não produziu mais nada em campo e ainda foi expulso (considerei exagero do árbitro) aos 48 minutos.

 O Botafogo não conseguia criar situações de gol, mas o adversário assustou aos 13, quando a bola foi chutada do bico da grande área, pela direita, com Saulo precisando se esticar para espalmar. A única conclusão em direção à meta adversária foi em chute de Lindoso, de longe, aos 16, obrigando o goleiro a mandar para escanteio. O adversário estava muito satisfeito com o resultado de 2x0 e mesmo assim só voltamos a chegar aos 29, quando Moisés cruzou e Carli cabeceou para fora. Logo depois, Saulo voltou a ser exigido e mandou para escanteio um arremate da esquerda. Aos 32 o treinador substituiu Kieza por Luiz Fernando, mas nada mais aconteceu na partida. No jogo desse sábado, somente destacaria positivamente a atuação de Moisés.

 O próximo jogo do Botafogo será quinta-feira, contra a Chapecoense, no Nilton Santos.

Cartões

 Amarelo para Luiz Fernando (3º dele, que estará ausente contra a Chapecoense).
 Vermelho para Aguirre.

Escalação/substituições

 Jefferson (Saulo), Luis Ricardo, Joel Carli, Igor Rabello e Moisés; Jean (Aguirre), Lindoso, Matheus Fernandes e Léo Valencia; Pimpão e Kieza (Luiz Fernando).

 Saudações alvinegras.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Não devemos nos contentar com pouco

 O Botafogo apresentou um bom futebol no seu retorno ao Brasileiro pós Copa e estreia do treinador Marcos Paquetá? Sim, apresentou. A equipe alvinegra viu o goleiro adversário brilhar e impedi-la de chegar às redes? Sim, viu. Devemos então nos contentar com isso? Não, afinal, mesmo com o exposto acima, o resultado final da partida foi 2x0 para o Corinthians, que nos ultrapassou na tabela de classificação, nos fez cair para a 10ª posição e ainda com risco de perdermos mais posições ao final da rodada.

 A análise acima, para alguns, é de quem apenas visa o resultado, mas convenhamos, o propósito do futebol é buscar fazer mais gols que o time adversário e vencer a partida. Geralmente, quando envolve o time dele, o torcedor que vai ao estádio ou que assiste pela tv quer a vitória, independente de jogar bem ou não. Se vencer jogando bem, dando show, melhor ainda. Como torcedor do Glorioso, não vou me contentar após uma derrota apenas pelo fato da equipe ter feito boa partida.

 Diante das inúmeras defesas do goleiro adversário, pode se falar que o resultado foi injusto? No futebol o que vale é bola na rede e o time adversário teve capacidade de marcar dois gols, enquanto a gente passou zerado, então méritos para a equipe paulista, para as defesas de seu goleiro e para as duas conclusões certeiras a gol, em minha opinião sem chances para Jefferson: no primeiro gol, aos 2 minutos do 1º tempo, em lance bem rápido, ele se preparava para buscar a defesa no primeiro chute, que foi interceptado, ficando batido no segundo chute, no ângulo; já o segundo gol, marcado na 2ª etapa, foi um chute cruzado, forte, no contrapé do nosso goleiro.

 A equipe alvinegra teve boa posse de bola, aparentava ter o domínio do jogo, mas também tem o fato da equipe adversária gostar de atuar mais compactada e sair em velocidade para o ataque, ainda mais tendo obtido a vantagem no marcador logo aos 2 minutos de jogo. Em muitos lances de ataque do alvinegro, a marcação adversária foi feita em dobra, então quando um jogador nosso driblava um deles, sempre tinha outro na sobra. Eles tiveram espaço nos arremates do primeiro gol, após um rebote, e na conclusão do 2º, quando o atacante recebeu livre na área.

 O goleiro adversário se destacou, foi o nome do jogo, fez belíssimas defesas, principalmente aquela que se esticou para salvar em cima da linha uma conclusão de Kieza e, na sequência do lance, salvar com o pé a conclusão de Carli. Agora, muitas defesas foram em chutes altos e, diante da altura e da envergadura do goleiro, a sequência de arremates dessa forma o consagraram ainda mais.

 Nessa quarta-feira, em minha opinião, não foram bem João Pedro, Ezequiel e Kieza. Aguirre e Luiz Fernando entraram nas vagas de Ezequiel e Léo Valencia, mas não conseguiram produzir. Positivamente, destaco Matheus Fernandes e a entrada de Pimpão, na vaga de João Pedro, melhorando o rendimento pelo nosso lado direito.

 É apenas o início do trabalho do novo treinador e devemos torcer para que ele consiga fazer a equipe evoluir a cada jogo e buscar os objetivos, passo a passo, primeiramente alcançando a pontuação necessária para que não tenhamos sustos no final do ano e, a partir daí, beliscar algo a mais na competição.

 Agora é trabalhar forte, verificar os pontos positivos da equipe na partida de ontem, assim como o que não funcionou, buscando a recuperação já no clássico do próximo sábado no Maracanã.

Cartões

 Amarelo para Gilson, Matheus Fernandes e Aguirre.

Escalação/substituições

 Jefferson, Luis Ricardo, Joel Carli, Igor Rabello e Gilson; Lindoso, Matheus Fernandes, João Pedro (Pimpão) e Léo Valencia (Luiz Fernando); Ezequiel (Aguirre) e Kieza.

 Saudações alvinegras.