A
estreia do Botafogo no Estadual 2018 não foi da maneira que gostaríamos,
sobretudo o resultado final dela. A equipe alvinegra enfrentou a Portuguesa e empatou por 2x2, conseguindo o tento de empate quando já se passava dos 48 minutos do 2º
tempo e o jogo terminaria aos 49, tanto que mal Marcos Vinícius
comemorou o seu gol, o árbitro apitou o fim.
Há
analistas que citam o fato de geralmente equipe grande ter pouco tempo de pré-temporada (no nosso caso, coisa de duas semanas) e equipes de menor investimento, sem competições até o fim do ano, começam a se preparar muito antes. Há torcedores que enfatizam que o chamado time grande tem que superar
o adversário, teoricamente mais fraco, independente de qualquer tempo de
preparação.
Considero
que cada um tem direito à sua própria análise. De minha
parte, opinarei sobre a partida em si e o desempenho do time especificamente nesse
jogo. Com um jogo apenas, acho que não cabe avaliar treinador novo, dizer se dará certo ou não,
nem jogadores recém chegados ou recém promovidos. Já os que aqui estavam no ano
passado, podem sim ser melhor avaliados, pois temos parâmetros para isso.
Do
jogo, achei a equipe ainda meio confusa com o novo sistema de jogo que o
treinador tenta implantar. Com um jogo e pouco tempo de preparação, nada mais
natural. Só o tempo dirá se o novo sistema será mantido ou será alterado. Matheus
Fernandes e João Paulo eram responsáveis pela marcação, porém achei os laterais sem proteção. É preciso ajustar isso, até porque o nosso lateral direito
continua demonstrando limitações e ontem, no 2º gol do adversário, mesmo com a falha do nosso goleirão, o fato é que o jogador da Lusa teve muito
espaço do nosso lado direito de marcação, dominando com tranquilidade, avançando
e chutando uma bola venenosa da quina da área, sem ser importunado.
O
lateral Gilson foi um pouco mais participativo, principalmente no 1º tempo,
quando fez dois cruzamentos perigosos, logo a um minuto, porém Brenner não
alcançou, e aos 29, quando Brenner cabeceou da entrada da pequena área, mas a
bola foi em cima do goleiro.
Do
meio para a frente a equipe tentou tocar a bola e atacar mais o adversário. Me satisfaz mais tal postura do que um sistema com muitos marcadores e jogando por
uma ou duas bolas fortuitas que surjam no jogo, como vimos muito no ano
passado.
O
meia Léo Valencia se movimentou bem, mas não conseguiu ser produtivo. Arriscou dois
chutes no 1º tempo, um aos 27 e outro aos 37, ambos para fora. Na 2ª etapa
foi substituído por Marcos Vinícius.
O
estreante Luiz Fernando apareceu mais no 1º tempo, jogando pela direita,
tentando algumas jogadas, mas caiu de produção na etapa final, quando deslocado para a esquerda. Tende a
evoluir com o passar dos jogos.
Até para preservar o jogador, o treinador deveria deixar Pimpão como opção no banco. Isso talvez faça bem, podendo até recuperar a confiança e ajudar a equipe ao entrar no decorrer das partidas.
Em
relação à partida, sofremos o 1º gol logo aos 9 minutos de jogo, em jogada de
escanteio. A nossa zaga bobeou, a bola foi escorada do 2º pau para o miolo da
pequena aérea e ali concluída para as redes. Não conseguíamos criar chances claras de gol e acabamos sofrendo o 2º gol aos 35, ainda da 1ª etapa, em jogada
descrita no parágrafo sobre nosso sistema defensivo.
O
time alvinegro voltou do intervalo com Marcelo na vaga de Carli, que aparentemente sentiu um desconforto muscular. Logo aos 4 minutos, Jefferson foi exigido e
defendeu um arremate gerado em bola mal atrasada por Brenner. Dois minutos
depois, em bola na área adversária, um jogador da Lusa foi cabecear, tocou com
o braço na bola e o juiz marcou o pênalti. Brenner cobrou com categoria aos 8
minutos e diminuiu o placar.
Tivemos
uma grande oportunidade para empatar aos 16, quando Pimpão cruzou da direita, Luiz Fernando cabeceou e o goleiro salvou para escanteio. O treinador Felipe
Conceição fez duas substituições de uma vez aos 24 (no Estadual 2018 são
possíveis 5 alterações durante o jogo), sacando Pimpão e Léo Valencia e colocando
Ezequiel e Marcos Vinícius. As mudanças deram mais gás ao time, que buscava o
empate, ao mesmo tempo que a equipe adversária se fechou, tentando segurar a
vitória.
Aos
38, mais duas alterações, dessa vez foram Matheus Fernandes e Luiz Fernando que
saíram, para as entradas de Lindoso e Lucas Campos.
Com
Ezequiel pela esquerda, Lucas Campos pela direita e Marcos Vinícius tentando armar
pelo meio, além da boa participação de João Paulo, o time não desistiu e
conseguiu chegar ao empate aos 48, quando João Paulo cobrou escanteio pela
esquerda, Brenner escorou no 2º pau, a zaga não conseguiu afastar e a bola
sobrou na entrada da pequena área para Marcos Vinícius, que chutou para as
redes.
Leandro
Carvalho e Renatinho, caso sejam regularizados a tempo, poderão estrear no
próximo sábado, diante do Fluminense.
Cartões
Amarelo
para João Paulo.
Escalação/substituições
Jefferson,
Arnaldo, Joel Carli (Marcelo), Igor Rabello e Gilson; Matheus Fernandes
(Lindoso), João Paulo e Léo Valencia (Marcos Vinícius); Luiz Fernando (Lucas
Campos), Brenner e Pimpão (Ezequiel).
Saudações
alvinegras.
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