O
Botafogo tentou tudo que estava ao seu alcance para não retornar com o futebol
em meio à pandemia que acomete o mundo e, por mais que tenha lutado, foi
obrigado a retornar aos gramados nesse domingo. Os protestos e as manifestações
de contrariedade do clube são pertinentes e a irresponsabilidade fica a cargo
de quem lutou e autorizou o retorno das atividades.
Sobre
o jogo com a Cabofriense no Nilton Santos, o resultado e a atuação foram além do esperado: 6x2
Botafogo, com Pedro Raul marcando duas vezes, além de gols de Cícero, Bruno
Nazário, Luiz Henrique e Caio Alexandre. Não era de se esperar muito da equipe,
pois a mesma vinha de longa inatividade e não teve nem duas semanas para
treinar. Apesar dessa perspectiva, o que se viu foi uma boa atuação, boas
construções de jogadas, em que pese a fragilidade do adversário. A equipe
entrou com três jogadores na linha de defesa, Marcelo pela direita,
Cícero centralizado e Ruan Renato pelo lado esquerdo. Luiz Fernando e Danilo
Barcelos funcionaram como alas, respectivamente pela direita e esquerda.
Mal
começou o jogo e, aos 3 minutos, vimos Luiz Henrique avançar pela esquerda,
chutar cruzado e Pedro Raul escorar na pequena área e abrir o placar para o
Fogão. O time funcionava bem pela esquerda. Aos 15, Luiz Henrique tabelou com
Danilo Barcelos, que cruzou e Luiz Fernando cabeceou rente à trave. O time
diminuiu um pouco o ritmo. Quem buscava se movimentar era Pedro Raul, fazendo o
pivô, além de Luiz Henrique ir bem pela esquerda e algumas investidas de Luiz Fernando na
direita.
A
equipe voltou a ter oportunidade aos 36, em bola que sobrou na área para Luiz
Henrique, que cortou um marcador, mas chutou fraco. Dois minutos depois, Cícero
recebeu no campo de ataque e arriscou de bem longe, com a bola resvalando em um
marcador e entrando no canto: 2x0 Fogão! A equipe adversária chegou nessa
primeira etapa em cruzamento rasteiro que atravessou a extensão da área de
Cavalieri no início do jogo e, aos 46, teve uma cobrança de falta que Cavalieri
defendeu com facilidade.
Com
boa vantagem no placar, o alvinegro retornou do intervalo sem alterações. No
primeiro minuto da etapa final, o time adversário teve uma cobrança de falta,
que Cavalieri acompanhou com atenção e a bola foi para fora. A equipe da região
dos Lagos voltou mais determinada e conseguiu diminuir aos 4 minutos, após
cruzamento com tranquilidade da direita, com um atacante subindo entre Cícero e
Marcelo e cabeceando forte, sem chances para Cavalieri.
O
susto passou rápido, já que aos 9 minutos Bruno Nazário dominou na esquerda, lançou
na medida para Pedro Raul na área, que dominou, chutou forte, rasteiro e ampliou:
3x1. O time alvinegro tinha boa vantagem, mas precisava melhorar a atenção e a marcação pelo lado esquerdo. Aos 11, novo cruzamento pelo setor e
Cavalieri precisou se antecipar e rebater a bola no alto com um soco. Logo
depois, em nova investida do time adversário, um atacante ganhou da marcação de
Luiz Fernando, se jogou na área e o juiz marcou o pênalti de forma equivocada. Na
cobrança, aos 15, o adversário diminuiu para 3x2.
Buscando
melhorar a marcação, aos 16 o treinador alvinegro substituiu Alex
Santana e Luiz Fernando, respectivamente por Caio Alexandre e Fernando. A
equipe então voltou a atuar com dois laterais, dois zagueiros e Cícero subiu a
marcação um pouco, com Honda passando a atuar mais a frente. O time melhorou
bastante com a entrada de Caio Alexandre, que deu outro ritmo. Aos 25, Luiz
Henrique tocou para Bruno Nazário, que invadiu a área, mas teve o chute
bloqueado. Aos 29, Caio Alexandre dominou na intermediária, lançou um bolão
para Bruno Nazário, que ajeitou na área e chutou para as redes: 4x2 para o
Glorioso.
O
domínio do alvinegro era amplo e, aos 34, Luiz Henrique dominou na esquerda,
cortou para a direita, deixando marcadores para trás, chutou rasteiro, tirando
do goleiro e aumentou o placar: 5x2. Aos 36, Honda tocou para Caio Alexandre,
que lançou Pedro Raul, mas o atacante tentou cabecear para gol e pegou mal na
bola, quando a melhor opção seria cabecear para Honda, que aparecia
livre ao lado. A pressão permanecia. Aos 39, Bruno Nazário tocou para Fernando, que
chutou cruzado, o goleiro rebateu, Cícero ficou com a sobra, mas chutou mal.
O
treinador fez mais duas substituições aos 40 minutos (foi autorizado pela Fifa,
até o final desse ano, até 5 substituições), tirando Cícero e Bruno Nazário e fazendo
entrar, respectivamente, Luiz Otávio e Lecaros. Com poucos minutos para jogar,
Lecaros recebeu na direita, avançou e, já na área, olhou para o lado e serviu
Caio Alexandre, que chutou com categoria, no ângulo, e marcou um golaço: 6x2
Fogão!
Como
disse no início, atuação e resultado além do esperado. Tivemos boas jogadas
trabalhadas, mas é preciso melhorar o sistema defensivo. De
destaque: Bruno Nazário, basicamente na 2ª etapa; Honda, muito bem taticamente e
com qualidade; Pedro Raul, que se movimenta bem e se mostra bom finalizador,
tendo deixado sua marca duas vezes; Caio Alexandre, que entrou e melhorou muito
o time em campo, com boa visão de jogo, sendo coroado com um golaço; Luiz Henrique, em minha opinião,
o melhor do time, com assistência, com gol, com habilidade, com velocidade.
Cartões
Amarelo
para Cícero.
Escalação/Substituições
Cavalieri,
Marcelo, Cícero (Luiz Otávio) e Ruan Renato; Luiz Fernando (Fernando), Alex
Santana (Caio Alexandre), Honda, Bruno Nazário (Lecaros) e Danilo Barcelos;
Pedro Raul e Luiz Henrique.
Saudações alvinegras!