sábado, 20 de outubro de 2018

Rumo ao abismo!


 O Botafogo foi derrotado pelo Bahia por 1x0 dentro do Nilton Santos, em mais uma atuação vergonhosa do alvinegro, diante de um concorrente direto na luta contra a degola. Com o resultado a equipe baiana ultrapassou o Glorioso na classificação.

 O Botafogo somente deu alguns lampejos de que poderia conseguir algo melhor durante os 18 minutos iniciais de jogo, depois foi a pasmaceira de sempre, com chutões, com passes errados, sem infiltração, sem criação, sem conseguir sair com qualidade da defesa para o ataque.

 A primeira chegada perigosa na etapa inicial foi dos baianos, aos 16 minutos, após passe na fogueira de Marcelo para Jean, o adversário ficou com a bola, mas a conclusão foi salva por Saulo. Eles assustaram novamente aos 29, após cruzamento rasteiro da esquerda, que cruzou a extensão da pequena área e um jogador adversário concluiu para fora. Já o alvinegro não criou uma única chance clara. Nos dois únicos ataques que poderiam gerar alguma chance, Pimpão desperdiçou ambos, isolando a bola em um desses ataques.

 Mesmo mal no 1º tempo, o time voltou do intervalo sem alterações. E mal a 2ª etapa começou, eles abriram o placar, aos 2 minutos, em bola aérea para a nossa área, que o jogador, em posição de impedimento, mandou para as redes. Eles poderiam ter ampliado aos 5, mas a conclusão foi perto da trave de Saulo.

 Aos 9 o treinador abriu a equipe, sacando Jean e colocando Erik (Jean, um dos poucos que se desdobravam em campo). Aos 15, Luiz Fernando conseguiu driblar dois adversários pelo lado esquerdo e, já dentro da área, chutou no canto, mas para fora.

 Aos 23, Pimpão foi substituído por Marcos Vinícius. A chance mais clara, na realidade a única oportunidade de gol na partida aconteceu aos 27, quando Bochecha enfiou um bolão para Erik, que recebeu na área, livre, concluiu na saída do goleiro, mas mandou para fora.

 Aos 32, o treinador demonstrou estar tão perdido quanto o time estava em campo. Ele tirou Bochecha para a entrada de Brenner. A equipe piorou ainda mais, tornando-se um bando em campo, com o sistema defensivo desguarnecido e uma penca de atacantes embolados e batendo cabeça na frente. Se tivesse que sair mais um gol no jogo, seria o 2º dos baianos e não o do empate alvinegro.

 Algumas observações:

 - O gol mostrou que o problema não é Carli, como alguns andaram falando, mas sim o sistema defensivo como um todo;
 - As nossas laterais, tanto direita, quanto esquerda, nem titulares, nem reservas conseguem produzir;
 - Os dois únicos ataques que pareciam promissores no 1º tempo foram desperdiçados por erros de Pimpão;
 - Erik entrou e o que mais fez foi escorregar. Teve uma chance clara para empatar, mas mandou para fora;
 - Outro que entrou e errou tudo que tentou foi Marcos Vinícius;
 - Na partida de hoje só consigo livrar o Bochecha de críticas. Tentou clarear jogadas, tentou dar velocidade a bola, sem necessariamente sair correndo improdutivamente. Conseguiu enxergar Erik livre, enfiou um bolão para o companheiro, mas não tem culpa se o colega perdeu a chance.

 Tem sido desalentador, desanimador, vergonhoso e revoltante assistir jogos do Botafogo, exatamente por faltar um mínimo de futebol bem jogado.

Cartões

 Amarelo para Lindoso e Marcelo.

Escalação/substituições

 Saulo, Marcinho, Marcelo Benevenuto, Rabello e Gilson; Jean (Erik), Lindoso e Bochecha (Brenner); Pimpão (Marcus Vinícius) e Luiz Fernando; Kieza.

 Saudações alvinegras.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

O time estaciona na tabela após mais um empate


 O Botafogo terminou a 29ª rodada na 12ª posição, colocação essa que já ocupa há quatro rodadas consecutivas. O acúmulo de empates não tem permitido que o alvinegro desgarre dos últimos colocados. Dessa vez foi contra o Ceará, em Fortaleza e a partida terminou sem gols.

 O Glorioso fez um 1º tempo muito ruim, com pleno domínio do adversário, que rondou a área alvinegra do início ao fim e somente não saiu na frente porque o atacante desperdiçou uma penalidade máxima aos 30 minutos, chutando para fora. O nosso sistema defensivo deixou espaços e bateu cabeça em alguns lances. Já ofensivamente não produzimos nada.

 A equipe alvinegra retornou do intervalo com Marcelo Benevenuto na vaga de Matheus Fernandes, que além de já ter recebido um cartão amarelo, teve uma atuação fraca na 1ª etapa, assim como a maioria de seus companheiros.

 Mal o 2º tempo começou, Pimpão, com um minuto, cruzou fechado da esquerda, Kieza não alcançou, a bola se dirigia para o gol, mas o goleiro mandou para escanteio. A equipe melhorou um pouco a postura, tentou pressionar o adversário, mas ainda deixava espaços defensivos. O treinador alvinegro substituiu Bochecha por Erik aos 14 minutos, mas o atacante pouco produziu. O time alvinegro não conseguia ameaçar o adversário e ainda levou um grande susto aos 30, após escanteio da esquerda e conclusão no 2º pau, Saulo saltou e salvou. No rebote, nova conclusão e Saulo rebateu. Aos 40 minutos o treinador tirou Gilson e colocou Moisés.

 Atuação abaixo da crítica do time alvinegro, em todos os setores. Matheus Fernandes esteve mal, mas pelo menos foi substituído no intervalo, já Kieza, sem produzir nada, permaneceu os 90 minutos e mais os acréscimos. Poderia se tentar mudar o atacante, mas uma das alterações foi aquela que chamamos de troca de seis por meia dúzia, quando saiu Gilson para a entrada de Moisés.

 É triste constatar que o empate pode ser considerado um bom resultado, pelo maior volume de jogo do time cearense no 1º tempo, pelo pênalti não convertido por eles e, obviamente, pela fraca atuação da nossa equipe.

 O próximo compromisso será diante do Bahia, sábado, no Nilton Santos.

Cartões

 Amarelo para Matheus Fernandes (3º dele, que está fora do jogo contra o Bahia), Joel Carli (3º dele, que também está fora do jogo contra o Bahia) e Pimpão.

Escalação/substituições

 Saulo, Luiz Ricardo, Carli, Rabello e Gilson (Moisés); Lindoso, Bochecha (Erik) e Matheus Fernandes (Marcelo Benevenuto); Pimpão e Luiz Fernando; Kieza.

 Saudações alvinegras.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

A água está subindo


 Mais um empate em casa, mais um tropeço que mantém o alvinegro no sufoco, lutando para fugir da degola. O 1x1 diante do Vasco impediu que o Botafogo abrisse certa folga sobre os últimos colocados.

 A vitória faria o Glorioso ganhar apenas uma posição, mas abriria 6 pontos para a zona de rebaixamento. Com o empate, o alvinegro permaneceu em 12º, mas com apenas 4 pontos de vantagem sobre o Ceará, time que abre o Z4 e que tem um jogo a menos e será o nosso próximo adversário, em partida a ser realizada na casa deles.

 O Botafogo foi mais uma vez prejudicado pela arbitragem, com pênalti não assinalado sobre Kieza, claramente puxado na área por um adversário, quando se preparava para concluir frente ao goleiro. São inúmeros erros contra o clube durante a competição, mas nossos dirigentes se limitam a encaminhar para a confederação representações contra as arbitragens. A emissão de papeis só serve para aumentar a pilha spbre uma mesa localizada em alguma sala na sede da entidade, sem surtir efeito algum, já que os erros se sucedem.

 O alvinegro começou bem postado em campo, superior ao adversário, alugando o campo de defesa da equipe visitante. Luiz Fernando abriu o placar aos 16 minutos, em bela finalização, em jogada que teve as participações de Lindoso e Kieza. A equipe adversária equilibrou, achou espaços, teve boa chance aos 19 em jogada aérea, com Saulo saltando e espalmando.

 O time alvinegro chegou novamente aos 29, em chute perigoso de Matheus Fernandes, de longe. Um minuto depois, em jogada de Luis Fernando pela direita, a bola foi cruzada, bateu em um defensor e acertou o travessão do adversário. Embora com mais volume ofensivo, o alvinegro não conseguiu ampliar o placar e foi castigado aos 35, em bola que foi para a nossa área, Carli bobeou, não conseguiu cortar, um atacante girou o corpo e chutou para as redes, empatando a partida. Alguns minutos após o gol de empate, o alvinegro teve boa oportunidade com Rabello, mas o cabeceio, embora forte, foi em cima do goleiro.

 O Botafogo tentou voltar do intervalo com a mesma postura do início do jogo. Teve uma penalidade em cima de Kieza não marcada pela arbitragem aos 7 minutos. Para que serve o auxiliar atrás do gol? Aos 17, Bochecha que havia sentido uma lesão no 1º tempo, mas permaneceu na partida, foi substituído por João Pedro. Saulo foi exigido aos 22 e, aos 24, Pimpão substituiu o apagado Erik. Aos 32 foi Kieza quem saiu para a entrada de Brenner. O Botafogo depois chegou em arremate de Marcinho aos 39, exigindo do goleiro e também em jogada aérea aos 44, com Pimpão ajeitando e Rabello, na entrada da pequena área, tendo a conclusão bloqueada pela zaga.

 Destaco a atuação de Luiz Fernando. Além do gol, criou e participou de várias jogadas ofensivas.

 Infelizmente, Erik esteve em noite apagada, não conseguindo contribuir para as jogadas ofensivas.

 Negativamente, destaca-se a atuação de Moisés. Inseguro na marcação e mal no apoio. Recebeu, livre, duas bolas ao lado da área, uma em cada tempo, mas em ambas, mesmo livre, mandou em cima do marcador, desperdiçando dois bons ataques.

Cartões

 Amarelo para Marcinho (3º dele, fora contra o Ceará), Lindoso e Carli.

Escalação/substituições

 Saulo, Marcinho, Carli, Rabello e Moisés; Lindoso, Bochecha (João Pedro) e Matheus Fernandes; Erik (Pimpão) e Luiz Fernando; Kieza (Brenner).

 Saudações alvinegras.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

O botafoguense merece demais coisas boas, mas é submetido a sofrimentos e decepções


 O Botafogo deu adeus à Copa Sul-Americana, mesmo saindo vitorioso durante os 90 minutos. Como devolveu o 2x1 aplicado pelo Bahia no jogo de ida, a classificação foi definida nas cobranças de penalidades máximas e a equipe baiana saiu vitoriosa por 5x4. Pimpão e Luiz Fernando marcaram os gols e, nas penalidades, Marcinho e Moisés desperdiçaram, com Saulo defendendo uma cobrança.

 O torcedor alvinegro acreditou na classificação para as quartas de final, compareceu ao Nilton Santos (foram 30 mil botafoguenses) e saiu frustrado, decepcionado e, porque não dizer, revoltado.

 Sabedor de que em mata-mata a disputa pode ocorrer por meio de penalidades máximas, o botafoguense torceu e criou a expectativa de que o goleiro Gatito finalmente retornasse, já que o paraguaio é acima da média no quesito defender pênaltis. E por ser acima da média, transmite confiança aos companheiros e coloca naturalmente pressão sobre os jogadores adversários. Mesmo já treinando com a equipe, não foi dessa vez que o arqueiro foi liberado para a partida. A irritação dos torcedores com a demora na recuperação dos atletas alvinegros que se contundem é enorme. Quando um jogador vai para o DM, a expectativa dos torcedores pelo retorno do mesmo é de total pessimismo, fruto de exemplos recentes, como Jefferson e o próprio Gatito Fernandez.

 A eliminação trouxe também enorme prejuízo financeiro, assim como já havia ocorrido naquele vexame pela Copa do Brasil. Isso para um clube repleto de dívidas é terrível.

 Empurrado pela torcida, o alvinegro entrou determinado, criou algumas chances e abriu o placar aos 26, em jogada de oportunismo de Pimpão. O 1x0 classificava o alvinegro. Era preciso atenção, mas aos 32, em bola lançada para a nossa área, da esquerda para a direita, Moisés não marcou ninguém, um jogador baiano, livre nas suas costas, ajeitou de cabeça para a entrada da pequena área e um companheiro chutou e empatou. Um castigo pelo vacilo, pela falta de atenção de um jogador que já havia cometido uma falta totalmente desnecessária diante do São Paulo, que gerou o empate. O time alvinegro não demorou a reagir e desempatou aos 39, com Luiz Fernando recebendo na meia direita, tirando do goleiro e mandando para as redes.

 O Botafogo precisava de mais um gol para se classificar, mas passou a sofrer pressão do adversário a partir dos 10 minutos da etapa final. O treinador sacou Matheus Fernandes para a entrada de Renatinho. Quinze minutos depois a torcida pediu Aguirre. O que o treinador fez? O colocou, mas ao invés de sacar Kieza, quem saiu foi Luiz Fernando, que vinha bem no jogo e era esperança de conseguir um algo a mais.

 O time baiano teve uma chance incrível e somente não empatou porque Marcinho se antecipou ao adversário e bloqueou o arremate. Marcelo Benevenuto substituiu Bochecha. Nos últimos minutos o alvinegro teve alguns contra-ataques, mas sempre desperdiçava no último passe ou por escolha equivocada.

 Nas penalidades, Moisés foi o 6º alvinegro a cobrar e errou. Questionado após o jogo pela reportagem da tv, Pimpão, que poderia ser um cobrador, disse que Moisés pediu para cobrar, que estaria confiante. A forma com a qual o lateral esquerdo se dirigiu do meio de campo até a marca de pênalti não aparentou ser de alguém que estivesse tão confiante assim.

 Se tivesse que destacar um jogador nessa quarta-feira, esse seria Rabello, que além de ter cumprido a dele, ainda cobriu alguns vacilos de Carli na 2ª etapa. Mas quem eu gostaria de destacar de fato é o torcedor alvinegro, tão sofrido, submetido a vexames, a eliminações doloridas, mas que sempre mostra a todos a sua paixão, o amor que tem pela estrela solitária. Nessa quarta foram 30 mil presentes ao Nilton Santos.

 O que resta agora é a luta para fugir da degola no Brasileiro, ou seja, mais sofrimento e mais angústia. O torcedor, pela paixão que demostra, merece coisas boas, já o clube não tem feito por merecer os seus apaixonados torcedores.

 O Botafogo atuou com a seguinte formação: Saulo, Marcinho, Carli, Rabello e Moisés; Lindoso, Bochecha (Marcelo Benevenuto) e Matheus Fernandes (Renatinho); Luiz Fernando (Aguirre) e Pimpão; Kieza.

 Saudações alvinegras.