sábado, 27 de abril de 2019

Um longo caminho pela frente


 O Botafogo estreou no Campeonato Brasileiro sendo derrotado por 2x0 pelo São Paulo, no Morumbi. O jogo também marcou a estreia do novo treinador, Eduardo Barroca. O novo comandante alvinegro teve 10 dias de trabalho apenas, mas já foi possível perceber em campo uma proposta de jogo desejada por ele, diferente do que víamos nos 4 primeiros meses do ano, quando sobressaía a desorganização tática.

 Hoje foi o início de uma longa jornada, afinal são 38 rodadas até o final da competição e há muita coisa para evoluir. O time apresentou uma proposta de manter a posse de bola, ter o controle da mesma, mas pecou demais em relação ao poder de fogo, já que pouco ou nada ameaçou a meta adversária.

 Além disso, dada a limitação técnica existente em posições no elenco, alguns reforços se fazem necessários, mas a caótica situação financeira dificulta demais que tais carências sejam supridas. Outra questão importante, também diretamente ligada à questão financeira, é a que diz respeito aos atrasos salariais. É uma situação que precisa ser resolvida pela direção do clube, possibilitando que o foco dos jogadores e comissão técnica seja exclusivamente o que acontece nas quatro linhas. É importante ressaltar que os salários dos funcionários do clube também precisam ser acertados, prioritariamente.

 O alvinegro entrou em campo sem um atacante de referência, tendo em Erik seu jogador mais adiantado. O jogo foi pegado na 1ª etapa, com a equipe alvinegra tentando implementar em campo a proposta do seu treinador, de valorizar a posse de bola, porém não conseguia ameaçar os donos da casa, embora também não fosse ameaçado. Quando parecia que a etapa inicial terminaria zerada, aos 40, após cruzamento da direita, um atacante adversário se infiltrou na área, entre Gabriel e Carli, cabeceou no canto e abriu o placar.

 O time retornou para o 2º tempo sem alterações e o panorama visto no 1º tempo permanecia. Aos 11, Wenderson deu a vaga a Luiz Fernando. Um minuto após essa alteração, o time alvinegro contra-atacou, mas o desfecho da jogada foi um chute fraco de Cícero. Ainda sem conseguir criar situações para chegar ao empate, o treinador mexeu novamente na equipe aos 31 minutos, quando saíram Gustavo e João Paulo e entraram, respectivamente, Ferrareis e Léo Valencia. Quem iria para o jogo era o Igor Cássio, na vaga de Pimpão, mas como João Paulo sentiu, o treinador teve que alterar a substituição.

 A equipe adversária ameaçou duas vezes no terço final da 2ª etapa, aos 32, em contra-ataque em velocidade, com a conclusão saindo rente à trave, e aos 36, quando a conclusão na área foi defendida por Gatito, no reflexo. Aos 37, após passe errado de Erik para Pimpão, que parou na jogada, o time adversário avançou, a bola foi chutada da entrada da área e acertou o canto da meta de Gatito, fechando o placar.

 Que Diego Souza possa se recuperar e estar apto para enfrentar o Bahia, nosso próximo adversário na quinta-feira, no Nilton Santos. Se Diego retornar, que Erik possa atuar mais aberto, pois centralizado não rendeu o que dele esperamos. Em relação a Pimpão, em minha opinião, não há o que justifique ele entrar como titular da equipe, por mais limitado que seja o nosso elenco.

Cartões

 Amarelo para Jonathan, João Paulo, Pimpão e Joel Carli.

Escalação/Substituições

 Gatito, Marcinho, Carli, Gabriel e Jonathan; Wenderson (Luiz Fernando); Gustavo (Ferrareis), Cícero, João Paulo (Léo Valencia) e Pimpão; Erik.

 Saudações alvinegras.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

RESIGNAÇÃO

 Em relação à entrevista que a Rádio Botafogo realizou com o Vice-Presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, resumiria em uma palavra: resignação.

 Dentre as causas para as dificuldades financeiras, ele citou o fato de não se conseguir fazer do estádio Nilton Santos algo rentável. Então vejamos, o problema é do estádio ou de quem está lá para tentar fazê-lo rentável e não consegue? Assim como no caso do Nilton Santos, as claras dificuldades para conseguir novos recursos, dificuldades para negociar bem seus jovens valores, justificam que os dirigentes se rendam e simplesmente aceitem os fatos? Não há tentativa de buscar fazer a diferença, de inovar? Se não, a solução é esperar por um milagre?

O ex-presidente, questionado sobre a falta de títulos de expressão nos últimos 40 anos (tempo em que ele disse viver a política do clube), respondeu que isso mostrava que, historicamente, o alvinegro não é um clube que conquista muitos títulos. É assim? Não se deve lamentar a falta de mais títulos porque historicamente não se vence? Com esse pensamento continuaremos a não vencer. Repito, agora sobre títulos, onde se encaixa a  tentativa de buscar o novo, de fazer a diferença? A torcida somente é renovada com conquistas, com craques no time. Títulos e jogadores diferenciados atraem e estimulam a geração de mais torcedores, do contrário, com o passar do tempo, a tendência é diminuir.

 Sobre a questão financeira ele citou que em 2017 foi um pouco melhor devido aos jogos pela Copa do Brasil e Libertadores no Nilton Santos, que tiveram grande apelo de público, gerando receitas. Isso mostra que avançar de fases em competições, disputar as posições de cima da tabela, gera receitas e ameniza a situação financeira. Para isso é preciso um planejamento perfeito na montagem de elencos, para formar equipes competitivas. Como fazer isso sem maiores recursos? Mais uma vez entra a busca por fazer a diferença, por inovar. Eles foram eleitos para isso. Aliás, o grupo político ao qual pertencia até pouco tempo, concorreu à reeleição. A responsabilidade é deles e o que presenciamos em 2018 e nesse primeiros meses de 2019 foram vexames.

 Perguntado se será candidato a presidente nas próximas eleições, respondeu ser muito cedo para falar sobre isso, ou seja, não desconsiderou a possibilidade. Convenhamos, chega de dança das cadeiras. O clube precisa evoluir.

 Em relação a voto para sócio torcedor, o ex-presidente explicou que há diferença entre sócio torcedor ligado ao Sou Botafogo, que dá direito a acesso aos jogos, e aquele ligado ao clube em si, cujo plano seria para votar, diferente do primeiro. Após a explicação, fui buscar uma entrevista feita por este blog em 2014, com os então candidatos a presidente do clube, com 15 perguntas encaminhadas aos mesmos (dos 4 candidatos apenas um não respondeu), sendo que a última pergunta foi sobre sócio torcedor com direito a voto. Para ser justo, coloco abaixo o link da entrevista, onde tem a resposta do atual vice-presidente sobre a questão e que de fato cita diferenças de planos. Parece que depois teve um folheto de campanha, não sei se na dele ou na do atual presidente, onde dizem que constava a questão de voto para sócio torcedor (não posso explanar sobre, pois não vi o folheto).

 Eis o link: 

Candidatos à Presidência do BOTAFOGO respondem 15 questões do blog


 A entrevista de ontem mostrou que já chega de mais do mesmo, que é preciso haver renovação no quadro de dirigentes do clube, com competência, com novas ideias, com busca incessante pela inovação e fazendo o clube crescer. 

 Saudações alvinegras.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Novo comandante é apresentado no Botafogo

 O Botafogo apresentou na tarde dessa terça-feira o seu novo treinador, Eduardo Barroca, que comandará o time alvinegro na campanha do Campeonato Brasileiro, que terá início no próximo dia 27, um sábado, diante do São Paulo, no Morumbi. Além do Brasileiro, o Glorioso ainda tem a Copa Sul-Americana, para a qual está aguardando sorteio para saber quem será o seu próximo adversário.

 A seguir, algumas respostas do novo treinador alvinegro durante a entrevista coletiva de apresentação:

1- Sobre o tempo que terá de hoje até o início do Campeonato Brasileiro, respondeu que serão nove sessões de treinamento em 10 dias;

2- Disse que até a Copa América o Botafogo terá semanas cheias de treinamento, com jogos somente nos finais de semana, dependendo do sorteio da Copa Sul-Americana;

3- Disse que pauta a sua vida em coragem e é isso que vai passar aos jogadores, para serem protagonistas em campo, como o Botafogo sempre deve ser;

4- Disse que irá pautar o trabalho em 3 partes:

- resultados a curto prazo;

- mostrar em campo o futebol que a torcida gosta de ver;

- de acordo com o elenco à disposição, desenvolver os jovens jogadores para aproveitá-los da melhor maneira;

5- Disse que não considera os jogadores revelados no clube ainda como garotos, mas já como homens e que poderão nos ajudar. Ressaltou que pretende dar oportunidade a todos eles. Será levado em conta o rendimento, independente se o jogador veio da base ou não;

6- Perguntado sobre o fato de ter sido preterido em 2018, quando quem assumiu foi o Felipe Tigrão, respondeu que entendeu e enquanto treinador precisava se desafiar para crescer, aceitando o convite do Corinthians, mas deixando as portas abertas no Botafogo;

7- Perguntado como pretende utilizar Bochecha, respondeu que o jogador foi fantástico naquele momento, sendo um dos mais especiais que trabalhou na base. Disse que ainda não sabe a forma como vai utilizá-lo e só a experiência no trabalho a partir daqui mostrará como vai ser;

8- Indagado sobre Diego Souza, disse que tem referência sobre o jogador ao acompanhar de longe, mas é difícil falar da forma de jogar de jogadores sem antes conversar e treinar com os mesmos;

9- Perguntado sobre a cartilha sobre a forma de jogar, utilizada pelo clube na base e que em sua época não era utilizada pelo profissional, disse que o foco é o resultado e a forma como vai buscar isso será desenvolvida durante os treinamentos e o estímulo que será dado em relação a ideia de jogo;

10- Perguntado sobre jogadores oriundos da base que foram vencedores com ele, respondeu que sempre falou para eles que disputar jogos importantes na base os aproxima do profissional e eles entregaram não só resultados, mas performance também;

11- Perguntado o que achava, ao ser anunciado, do fato de que mesmo com a maioria dos torcedores desejando boa sorte, alguns ainda falarem em aposta, respondeu que uma baixa expectativa faz com que se trabalhe para entregar resultados, melhorar a forma de jogar e ser protagonista;

12- Perguntado se já conversou sobre reforços com a direção, respondeu que na verdade começaram a conversar nesse sentido, mas que chegou efetivamente hoje e a partir de então essas questões serão tratadas;

13- Indagado até que ponto a busca incessante por resultados influencia no trabalho dos técnicos, respondeu que tem claro para ele que precisa entregar resultados e a escolha que vai fazer é responsabilidade dele, se quer só entregar resultado ou agregar outros valores;

14- Sobre a comissão técnica, respondeu que está montada, sendo Alfredo Montesso o seu auxiliar técnico. Citou ainda as permanências de Bruno Lazaroni e Flávio Tênius, entre outros.

Saudações alvinegras.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Mais uma Vergonha! ”Mais (do mesmo) Botafogo”


 E o Botafogo proporcionou mais um vexame para o seu sofrido torcedor. É desgosto atrás de desgosto. A equipe foi ao sul enfrentar o Juventude, pelo jogo da volta da 3ª fase da Copa do Brasil e saiu derrotado, depois de ter empatado em casa na 1ª partida. O resultado de 2x1 para a equipe gaúcha encerrou a participação do alvinegro na competição, trazendo com a eliminação um prejuízo de aproximadamente 2 milhões de reais.

 Mais uma atuação fraca, sem organização, sem nada. O time ainda saiu na frente, ao marcar com Cícero aos 5 minutos, mas a arbitragem anulou, assinalando impedimento de Erik, que nem na bola tocou. Após o gol anulado, o time adversário, que disputará a série C do Brasileiro, começou a pressionar o Botafogo. Aos 7 quase marcaram, quando um jogador fez fila na nossa defesa, mas a conclusão saiu fraca e Gatito defendeu sem dificuldade. A seguir, aos 8, após cruzamento da esquerda, um atacante concluiu da pequena área, mas para fora. A pressão continuava e aos 11, após jogada pela esquerda, a bola foi chutada e Gatito espalmou para escanteio. Aos 18, em bola cruzada da direita para a esquerda, Marcinho bloqueou a conclusão, mandando para escanteio.

 Eles pressionaram e não marcaram, mas o alvinegro teve uma única oportunidade aos 33 e aproveitou, com Jean lançando Cícero na área, que dominou livre, concluiu a meia altura, tirando do goleiro e abrindo o placar.

 O gol poderia dar tranquilidade ao Botafogo, mas três minutos depois Alex Santana retardou o reinício do jogo e levou um cartão amarelo totalmente sem necessidade. Tal ato teve consequência cinco minutos depois, ao cometer uma falta no campo de ataque, levar o 2º amarelo e ser expulso. Com um jogador a menos, obviamente a situação se complicou para o alvinegro. O time gaúcho quase empatou aos 47 da etapa inicial, quando a bola foi cruzada da esquerda, um atacante cabeceou livre, na entrada da pequena área e mandou para fora.

 A equipe alvinegra, como sempre vem acontecendo nos últimos jogos, mesmo mal em campo, voltou sem alterações para a etapa final. O time poderia ter ampliado logo com um minuto do 2º tempo e mudar os rumos do jogo, quando um zagueiro falhou, a bola sobrou para Diego Souza, que concluiu para fora.

 A equipe adversária, com um jogador a mais em campo, passou a chegar com perigo: aos 5, em chute cruzado para fora; aos 12, em chute do bico da grande área, pela esquerda, que acertou o travessão de Gatito. A pressão surtiu efeito aos 15, após cruzamento da direita, com um atacante se antecipando a Marcelo e cabeceando para as redes.

 O time alvinegro poderia voltar a ficar na frente aos 19, quando Diego Souza arrancou em contra-ataque, tentou encobrir o goleiro e mandou por cima do travessão. Aos 20, Diego Souza sentiu uma lesão e foi substituído por Igor Cássio. O time não se encontrava em campo e o empate levaria a disputa para os pênaltis, aí o treinador tirou de campo o cobrador oficial de pênaltis da equipe aos 32 minutos: Erik deu lugar a Pimpão. Aos 38 ele sacou Luiz Fernando e colocou Rickson.

 Substituições difíceis de entender, assim como a barração do Jonathan, para a entrada de Gilson como titular. Aos 44, como castigo pela péssima atuação, mais uma por sinal, o time gaúcho atacou pelo lado esquerdo aos 44 minutos, a bola foi na área e a conclusão foi certeira, sem chances para Gatito e a eliminação alvinegra sacramentada. Jean ainda foi expulso aos 49.

 Houve critérios distintos para as duas equipes por parte da arbitragem na aplicação dos cartões, mas a péssima atuação do Botafogo acabou se sobressaindo a esse fato.

Cartões

 Amarelo para Gatito e Cícero.
 Vermelho para Alex Santana e Jean.

Escalação/Substituições

 Gatito, Marcinho, Marcelo, Gabriel e Gilson; Jean, Cícero e Alex Santana; Erik (Pimpão), Diego Souza (Igor Cássio) e Luiz Fernando (Rickson).

 Saudações alvinegras.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Futebol pobre e inofensivo


 Foi isso que o Botafogo mostrou em campo no empate por 1x1 diante do Juventude, pelo jogo de ida da Copa do Brasil, em pleno estádio Nilton Santos. Depois do jogo, as alegações: "tivemos várias oportunidades, mas o goleiro deles estava em noite inspirada"; "tivemos maior posse de bola, mas o time adversário se fechou, compactou as linhas".

Posse de bola improdutiva

 Eu diria que tivemos maior posse porque o time gaúcho abriu mão de jogar, preferindo se defender, mas o Glorioso não soube e não teve capacidade para furar a retranca. O resultado foi mais demérito nosso do que propriamente mérito deles.

Oportunidades de gol com raras jogadas trabalhadas

 As chances que tivemos, em sua maioria, foram fruto de cruzamentos sem qualidade em direção a área adversária e chutes de fora, evidenciando, mais uma vez, a falta de um meia de criação, que é uma reclamação que fazemos reiteradamente:

- 12 minutos (1º tempo) - chute forte de Marcinho, de bem longe, que o goleiro espalmou;
- 28 minutos (1º tempo) - a bola rondou a área gaúcha, sobrou na entrada da área para João Paulo, que chutou e o goleiro espalmou;
- 41 minutos (1º tempo) - Gabriel pegou uma sobra na área adversária, chutou e o goleiro salvou;
- 19 minutos (2º tempo) - chute cruzado de Pimpão da direita, a meia altura, passou perto da trave;
- 22 minutos (2º tempo) - Pimpão recuperou a bola no meio, avançou, chutou de bem longe e o goleiro mandou para escanteio.

O que criamos de fato

- 3 minutos (2º tempo) - em bola enfiada na área para Erik, após boa participação de Jonathan na jogada, o atacante se antecipou ao goleiro e foi derrubado. Pênalti convertido pelo próprio Erik aos 5 minutos;
- 23 minutos (2º tempo) - em bola recuperada por Diego Souza, Erik recebeu, tocou na área para Cícero, que concluiu, a bola bateu na zaga e saiu;
- 34 minutos (2º tempo) - Jonathan recebeu na esquerda, cruzou na medida para Diego Souza, que cabeceou no canto e o goleiro espalmou;
- 44 minutos (2º tempo) - Erik tocou para Luiz Fernando na direita, esse avançou, rolou para Diego Souza, recebeu de volta na área, achou Kieza livre no meio da área, mas o centroavante concluiu para fora, desperdiçando de forma incrível a melhor jogada da equipe durante todo o jogo.

Falha defensiva

 Se não bastasse o fraco poder de criação, ainda falhamos defensivamente. E isso no início do jogo, quando o time adversário ainda não havia recuado em demasia. Logo aos 5 minutos, após cruzamento da esquerda, a bola foi cabeceada no 2º pau e Gatito defendeu. Parecia um prenúncio, já que aos 19, em escanteio da esquerda, a bola sobrou livre para um atacante no bico da pequena área, pela direita e o placar foi aberto. Desatenção total. Depois o time não levou mais sustos defensivos, exatamente porque a equipe gaúcha passou apenas a se defender.

João Paulo expulso

 João Paulo poderia não estar sendo o destaque da equipe, mas apresentava um jogo superior a maioria de seus companheiros. Infelizmente, aos 35 minutos do 1º tempo, em desentendimento após uma falta no meio de campo, ele e um jogador adversário foram expulsos.

O que tem impedido substituições no intervalo?

 Assim como ontem, também em outras partidas a equipe fez um 1º tempo muito fraco, mas o treinador insistiu na formação inicial, mesmo com alguns jogadores com atuações abaixo da crítica. Ontem foi assim. Time mal, sem criar nada, com João Paulo expulso, ele voltou com a equipe sem alterações. Só promoveu a primeira mexida aos 20 minutos, mesmo com a incapacidade da equipe de criar chances claras de gol, se resumindo a tocar a bola de um lado para o outro ou para trás. Na primeira mexida ele tirou Marcinho e colocou Luiz Fernando, que atuou como ala. Depois, aos 28, tirou Pimpão e colocou Kieza e, por fim, aos 30, sacou o zagueiro Marcelo para a entrada do volante Gustavo. Resultado prático nas respectivas e surpreendentes mexidas? Nenhum.

Jogadores com atuações bem abaixo do esperado

 Ontem tivemos um Cícero lento, sem produzir boas jogadas. Tivemos um Diego Souza sem receber bolas limpas no ataque, evidenciando a falta de criação do time. Tivemos Pimpão errando tudo que tentava. Tivemos Kieza e o seu já citado gol perdido. Tivemos o setor defensivo falhando claramente no gol dos gaúchos. Só salvo da atuação de ontem o atacante Erik, que foi quem mais participou de jogadas, sofreu o pênalti e converteu com categoria. Gatito não teve culpa no gol e depois não foi mais incomodado.

Decepção, em função da expectativa criada

 Foram dez dias de treinamento e nenhuma evolução foi vista em campo. Um futebol pobre, inofensivo e até irritante. O futebol apresentado esse ano pelo Botafogo é de dar um enorme desgosto. Não só o placar, mas principalmente a atuação de ontem foi uma decepção.

 O jogo da volta contra o Juventude será quinta-feira da próxima semana, em Caxias do Sul.

Cartões

 Amarelo para Jonathan, Marcelo e Gustavo.
 Vermelho para João Paulo.

Escalação/Substituições

 Gatito, Marcinho (Luiz Fernando), Marcelo (Gustavo), Gabriel e Jonathan; Alex Santana, Cícero e João Paulo; Erik, Diego Souza e Pimpão (Kieza).

 Saudações alvinegras.