O
Bahia recebeu o Botafogo na Fonte Nova e não teve dificuldade para derrotar o
alvinegro por 2x0. O 2º tempo, principalmente, foi um verdadeiro treino de luxo
para a equipe baiana, que não foi importunada. A expulsão de Gilson ainda no 1º
tempo, em lance que não ficou evidenciado qualquer toque do lateral no jogador
adversário, não pode ser motivo para a atuação que se viu na etapa final,
quando passamos do meio de campo em raríssimas vezes.
Além
de vergonhoso, é muito triste ver o Botafogo praticando um futebol tão ruim.
Pensando a nível de final de ano e como chegaremos até lá, são preocupantes algumas
situações:
- os
salários atrasados, que podem sim atrapalhar a trajetória até dezembro;
- o
elenco limitado tecnicamente é um problema, mas isso não pode servir de bengala. É preciso buscar
alternativas de jogo, quem sabe povoar o meio de campo, colocar um extremo só.
Algo precisa ser feito e logo;
- o
treinador pode ter as suas convicções, mas não deveria se apegar de todas as
formas às mesmas, até porque se ele se afunda com elas, leva junto a campanha da
equipe;
-
ainda sobre as convicções do treinador, o que justifica manter Cícero titular e, mesmo mal, atuando até o final
das partidas? Gustavo, mesmo lento, se jogar perto da área pode criar algo e
foi assim contra o São Paulo, mas foi barrado diante do Bahia. Acredito ser
mais fácil barrar o Gustavo, ainda jovem, oriundo da base, que não deve
contestar a saída do time, do que barrar um medalhão como Cícero, que embora não
venha jogando bem, pode não gostar e gerar problema. Acredito que possa ser a justificativa. Outro insistentemente utilizado pelo treinador e que tem sido
improdutivo é Pimpão. Acho que a convicção se transforma em teimosia;
- será que a parada para a Copa América somente
foi bem aproveitada para evolução técnica e tática por nossos adversários? Afinal,
desde o retorno pós Copa América, o Botafogo realizou 14 partidas (duas pela
Sul-americana e 12 pelo Brasileiro), com 3 vitórias, 3 empates e 8 (OITO)
derrotas. Marcamos 11 gols e sofremos 18;
- o sistema ofensivo do alvinegro é uma
lástima. Em 21 partidas no campeonato, marcamos 19 gols, ou seja, menos de um
gol por jogo. Para piorar, sofremos 23. Na temporada, até aqui, em 42
jogos, o número de derrotas se igualou ao número de vitórias (17). Ainda
tivemos 8 empates.
O jogo em si começou movimentado, mas foi o
alvinegro que levou o primeiro susto, em bola perdida por Cícero no campo de defesa,
que gerou contra-ataque perigoso, mas ele mesmo se recuperou e interceptou a
jogada adversária. Aos 12 minutos, nossa melhor jogada, acho que a única, com Diego Souza lançando
Victor Rangel, que dividiu com o goleiro na meia lua, a bola sobrou para Lucas Campos,
que tentou por cobertura e o zagueiro tirou de cabeça. Depois tivemos um falta
na entrada da área aos 17, mas a cobrança de Cícero passou perto, mas sobre o
travessão.
Aos
23, demos espaço pelo nosso lado direito, chegaram dois adversários
ante a marcação de Marcinho, a bola foi cruzada, atravessou a extensão da área,
um atacante escorou junto ao 2º pau e abriu o placar. Gatito foi exigido em
chute de fora aos 29. Aos 32, Lucas Campos e João Paulo se chocaram ao tentar
cortar uma bola, gerou contra-ataque, Gilson chegou na marcação, aparentemente
não tocou no adversário, mas o juiz marcou falta na entrada da área e expulsou o
nosso lateral esquerdo. Na cobrança da falta, a bola passou
perto da trave de Gatito. O treinador alvinegro, para recompor a lateral
esquerda, tirou Lucas Campos e colocou Lucas Barros.
O alvinegro retornou do intervalo sem outras alterações e se limitou a se defender,
não conseguindo ultrapassar a linha de meio de campo. A equipe adversária
chegou com perigo aos 10 minutos, em chute forte, rasteiro, rente à trave. Aos
16, em cruzamento para a nossa área, o atacante, sozinho, cabeceou para fora.
Um minuto depois, Gabriel foi sair jogando, errou o passe, um jogador baiano
recebeu na direita, passou por Gabriel, cruzou em direção ao 2º pau e a bola
foi escorada para as redes: 0x2.
Com
a equipe sem conseguir jogar, apática e se limitando a defender, o treinador
promoveu alterações aos 20, tirando Diego Souza e colocando Rickson, e aos 31,
substituindo João Paulo por Gustavo. Porém, nada mais aconteceu na partida.
Cartões
Vermelho
para Gilson.
Escalação/Substituições
Gatito,
Marcinho, Marcelo, Gabriel e Gilson; Cícero, João Paulo (Gustavo) e Diego Souza
(Rickson); Lucas Campos (Lucas Barros), Victor Rangel e Pimpão.
Saudações
alvinegras.