domingo, 28 de julho de 2019

“Pra VARiar”...


 Nesse domingo, o Botafogo foi derrotado por 3x2 pelo Flamengo, em jogo válido pela 12ª rodada do Brasileiro. Um jogo em que um atacante adversário, já tendo recebido cartão amarelo, cometeu uma falta ainda no 1º tempo, reclamou com veemência pela marcação da mesma, deu um tapa na bandeira de escanteio, arrancando-a e o juiz apenas o advertiu verbalmente, não aplicando o 2º amarelo e, consequentemente, o vermelho. Ainda na 1ª etapa, Marcinho avançava no campo de ataque, sofreu falta por trás, com a sola do jogador adversário chegando a virar o tornozelo do lateral e o juiz aplicou apenas cartão amarelo, quando deveria ter sido mostrado o vermelho direto. No 2º tempo, o lateral direito do time adversário, que já tinha recebido amarelo, cometeu falta dura em Alex Santana, junto da linha lateral e o juiz, mais uma vez, não mostrou o 2º amarelo. O lance que deveria ser aplicado o vermelho direto poderia ter tido interferência do árbitro de vídeo, mas isso não aconteceu.

 O juiz desse domingo foi o mesmo do jogo de quarta-feira, pela Sulamericana. No jogo pela competição internacional, o juiz não titubeou em expulsar Joel Carli, em dividida no meio. O mesmo peso, o mesmo rigor, não foi mostrado no Maracanã.

 A arbitragem brasileira é fraca e é ela que opera o VAR. A tecnologia é boa, mas o problema é quem está na frente dos monitores. Uma vergonha o que se viu hoje.

 Sobre o jogo, o alvinegro começou fechado, sem conseguir passar do meio de campo. Logo aos 4 minutos, em ataque do adversário pela esquerda, Marcinho foi facilmente driblado, a bola foi chutada cruzada, porém para fora. Aos 6, após cruzamento da direita, Carli resvalou na bola, que sobrou para um atacante, mas ele pegou mal e Gatito defendeu.

 Aos 13, Jonathan cobrou escanteio pela direita, Cícero se antecipou ao goleiro no 1º pau, tocou de cabeça e mandou para as redes: 1x0 Botafogo. O alvinegro chegou novamente somente aos 26, quando Diego Souza fez boa jogada pela esquerda, mas a zaga bloqueou o ataque.

 A equipe adversária assustou aos 29, em chute da entrada da área, pela esquerda, com a bola passando perto da trave de Gatito. Aos 34 eles empataram, quando um atacante recebeu na direita, cortou Jonathan, puxando a bola para o meio, chutou forte no canto e empatou. Eles chegaram novamente aos 41, em chute forte da esquerda, com Gatito espalmando e Carli afastando. Aos 45, em falta cobrada por Marcinho, com força, o goleiro rebateu.

 Pimpão estava mal no jogo e já pendurado com amarelo e Alex Santana não produziu nada, mas isso não foi suficiente para o treinador alterar a equipe, que voltou a mesma após o intervalo.

 Logo no início da etapa final, aos 4 minutos, Luiz Fernando fez jogada individual pela esquerda, chutou cruzado e a bola foi para fora. Aos 7, Alex Santana tocou para Diego Souza, daí para Pimpão, que livre, mandou por cima e perdeu uma grande chance. Apesar desse início que parecia promissor do alvinegro, Jonathan errou o bote na defesa aos 8, um adversário passou por ele, mandou para a área, Carli cortou de cabeça e um atacante (que deveria ter sido expulso no 1º tempo) pegou a sobra, chutou colocado e desempatou.

 O alvinegro demorou um pouco a se reencontrar no jogo, mas aos 21, em cobrança de falta próxima da área, Diego Souza mandou muito forte e empatou novamente: 2x2. Porém, 7 minutos depois, a equipe adversária entrou tabelando pelo nosso lado esquerdo de marcação, a bola foi cruzada rasteira da direita em direção à pequena área e saiu o gol de desempate.

 Os três gols que sofremos foram criados pelo nosso lado esquerdo de marcação e o treinador só fez uma alteração por ali aos 34, sacando Jonathan e colocando Lucas Barros. Antes dessa substituição, o alvinegro havia feito uma alteração aos 30, saindo Pimpão e entrando Lucas Campos e criado uma oportunidade aos 31, em bola de cabeça de Alex Santana, que o goleiro mandou a escanteio. No final, aos 45, Gatito tocou errado, a bola ficou com um jogador adversário, que desperdiçou a oportunidade.

 Os caras exploraram o nosso lado esquerdo de marcação, mas foi preciso sofrermos três gols por aquele lado para que houvesse alteração no setor. O motivo? Somente o Barroca pode explicar.

 Outra questão é sobre Pimpão. O que justifica ele ter ficado tanto tempo em campo? Somente foi substituído aos 30 minutos do 2º tempo. Mais uma vez não foi produtivo e teve uma oportunidade boa de gol, mas desperdiçou, mandando para fora. Alex Santana é outro que não vem produzindo. Se antes ele pelo menos acertava uns chutes fortes, no momento nem isso mais. A insistência com o trio de meio de campo, após uma sequência de resultados negativos, beira à teimosia.

 O próximo jogo do Botafogo será na quarta-feira, em Belo Horizonte, diante do Atlético/MG, pela Sulamericana. No jogo de ida, no Rio, fomos derrotados por 1x0.

Cartões

 Amarelo para Pimpão e Gabriel.

Escalação/Substituições

 Gatito, Marcinho, Joel Carli, Gabriel e Jonathan (Lucas Barros); Cícero, Alex Santana e João Paulo (Victor Rangel); Pimpão (Lucas Campos), Diego Souza e Luiz Fernando.

 Saudações alvinegras.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Pitaco sobre uma possível e sonhada gestão profissional


 Desde ontem, após as informações de que uma reunião entre os irmãos Salles e a empresa de consultoria, que analisou a situação do clube, foi satisfatória, a esperança do sofrido torcedor alvinegro parece ter se renovado.

 Diria até que para o clube é a luz (a única) no fim do túnel. Para o torcedor é desejo de dias melhores, sem tanto sofrimento. Pelo que foi dito, havendo acordo entre o clube e os irmãos proponentes da que podemos chamar salvação do Botafogo, o projeto teria início em 2020.

 A triste realidade do Glorioso obviamente não pode ser resolvida do dia para a noite, isso é fato, o que nos faz ter em mente sobre como terminar 2019, que se mostra terrível financeiramente para o clube. Como chegar ao final do ano?

 O aumento do número de sócios torcedores poderia ajudar de certa forma, mas qual o estímulo, qual a motivação do torcedor, diante de tantos insucessos, diante de um time que em campo dá desgosto em assistir, já que não se mostra à altura das tradições alvinegras?

 Uma possibilidade, um possível estímulo talvez ocorresse se a atual gestão aceitasse a proposta que irá receber dos irmãos, se comprometesse oficialmente, firmasse compromisso, pensasse enfim única e exclusivamente no melhor para a Instituição.

 Uma garantia de gestão profissional próxima, a certeza de não se deparar mais com qualquer “amador com orgulho” talvez fizesse o torcedor se engajar no projeto de sócio torcedor ainda esse ano e, assim, amenizar um pouco a situação caótica pela qual se encontra o nosso Botafogo. Não se pode exigir nada do sofrido torcedor alvinegro, tão maltratado por sucessivas gestões que passam pelo clube, na que podemos chamar “dança das cadeiras”.

 Saudações alvinegras.

Um revés a mais, porém sem surpresa


 O Botafogo recebeu o Atlético/MG pela Sulamericana, no Nilton Santos, e foi derrotado por 1x0. Na próxima semana, na casa do adversário, a equipe alvinegra precisará devolver o placar e levar para as penalidades ou vencer por qualquer outro placar para avançar de fase.

 O que é triste é que cada tropeço está se tornando algo comum, com os torcedores nem se surpreendendo mais, embora antes de cada jogo fique a esperança de algo melhor. Assistir a equipe alvinegra em campo tem sido um desalento, um desgosto enorme. Já são quatro jogos sem vencer e, pior, são quatro jogos sem marcar um mísero gol.

 Ontem o jogo mal iniciou e quase o time adversário abriu o placar, aos 3 minutos, em bola de cabeça, porém para fora. Aos 6 chegamos com perigo (ufa!), mas Diego Souza pegou mal demais na bola que sobrou para ele. Chegamos novamente somente aos 19, em escanteio da esquerda, com Marcelo cabeceando e o goleiro defendendo. Aos 22, o time alvinegro trocou passes no ataque, mas Alex Santana isolou a bola. Dois minutos depois, em novo ataque, Luiz Fernando chutou por cima. Pelo menos dessa vez o time conseguia chegar ao ataque. Aos 34, em ataque rápido (ufa!), Diego Souza tocou para Luiz Fernando, daí para João Paulo, que chutou fraco e o goleiro pegou.

 Se chegamos algumas vezes e não conseguimos finalizar bem, aos 35 falhamos feio na defesa, quando Gatito tocou para Marcelo na área, que deu um balãozinho para a frente da área, um adversário recuperou a bola, que foi finalizada da meia lua, no canto e o placar foi aberto.

 A equipe alvinegra se perdeu após o gol. Um minuto depois, em ataque rápido do time mineiro, a bola foi chutada da esquerda e Gatito defendeu. Aos 41, em chute de longe, Gatito mandou para escanteio.

 O Botafogo retornou do intervalo com Gustavo na vaga de Luiz Fernando e Igor Cássio na de João Paulo. O primeiro chute foi do adversário, aos 5, mas Gatito defendeu. Aos 11, a bola foi na nossa área e o atacante, livre na pequena área, mandou por cima. Aos 16 o time mineiro chegou a marcar o 2º, mas após consulta ao VAR, o juiz marcou falta em Marcelo.

 Aos 26 o treinador queimou a última alteração, tirando Erik e colocando Léo Valencia. A melhor jogada do alvinegro no 2º tempo, talvez a única, foi em bola de Alex Santana para Gilson, que recebeu na área, chutou cruzado, a meia altura, e a bola saiu do outro lado, em lateral. Aos 35, Carli foi expulso ao deixar o pé em um adversário, em bola dividida no meio de campo, terminando com qualquer chance de reação do time. A equipe mineira poderia ter ampliado aos 39, em chute na parte superior do travessão e aos 40, após bobeira defensiva, mas Gatito salvou o lance.

 O torcedor teve alguma esperança até o momento da falha defensiva que resultou no gol do Atlético. Depois a equipe não produziu nada. Muitos jogadores abaixo do que se pode esperar, principalmente os três da frente, não isentando o meio que pouco ou nada cria. As substituições não trouxeram melhora nenhuma, pelo contrário, o 2º tempo foi nulo.

 A equipe alvinegra vive um triste momento e o torcedor alvinegro só tem recebido dissabores.

Cartões

 Amarelo para Alex Santana e Gustavo.
 Vermelho para Joel Carli.

Escalação/Substituições

 Gatito, Marcinho, Joel Carli, Marcelo e Gilson; Cícero, Alex Santana e João Paulo (Igor Cássio); Erik (Léo Valencia), Diego Souza e Luiz Fernando (Gustavo).

 Saudações alvinegras.

domingo, 21 de julho de 2019

Ofensividade inexistente


 Diante do Santos, no Nilton Santos, não faltou vontade, não faltou empenho, mas faltou qualidade ofensiva. Na realidade faltou qualidade para se criar situações ofensivas e, quando algumas surgem, não são aproveitadas, realçando a falta de qualidade para execução das mesmas. Resultado: derrota por 1x0.

 Essa falta de poder ofensivo desanima demais qualquer alvinegro que assiste as partidas. A sensação é a de que a equipe pode jogar por uma semana inteira e não vai conseguir marcar um gol sequer. No final do jogo, desesperado por um gol para chegar ao empate, o que se viu foi Carli se lançar ao ataque, como um centroavante. O jogo não era uma decisão de campeonato, onde se tenta fazer isso na esperança de sobrar uma bola na área ou um cruzamento. Tal atitude só demonstra a falta de opções de jogadas na frente. É preciso manter a organização e trabalhar na busca por soluções ofensivas.

 A equipe adversária começou tentando pressionar o alvinegro. Chegou aos 6 minutos, em contra-ataque pela esquerda, a bola foi invertida para a direita e, após um chute forte à queima-roupa, Gatito salvou. Eles chegaram com mais perigo ainda aos 38, com um jogador invadindo a área pela esquerda, dando um corte em Marcinho, chutando cruzado e a bola passando rente à trave.

 Na etapa inicial as chegadas do Botafogo foram em chute de longe de Marcinho aos 13, porém fraco e para fora, aos 27, em chute forte de Alex Santana de longe, com o goleiro mandando para escanteio e aos 31, em chute de Cícero, de bem longe, para fora. Pouco, muito pouco.

 No 2º tempo, logo aos 3 minutos, um zagueiro adversário recebeu o 2º cartão amarelo e foi expulso. Mesmo em vantagem numérica em campo, o alvinegro não conseguiu chegar com perigo ao ataque. Aos 12 minutos o treinador alvinegro substituiu Alex Santana por Victor Rangel e aos 18 foi a vez de Pimpão ir para o jogo, na vaga de Luiz Fernando. As alterações não surtiram efeito e aparentemente a equipe ficou até pior em campo.

 Aos 24, para piorar, um jogador adversário escorregou ao tentar driblar Gilson, caiu e o juiz além de marcar a falta inexistente, também aplicou o 2º cartão amarelo para Gilson, que foi expulso. O treinador sacou Diego Souza e colocou Jonathan, para recompor a lateral esquerda. Na cobrança da falta na entrada da área, Gatito espalmou a bola. Aos 29, um atacante recebeu na direita e mesmo marcado por Jonathan, cortou para o meio, chutou forte, no ângulo e abriu o placar.

 Sem criar situações de gol, não conseguimos aproveitar nem quando a chance surgiu em erro do time adversário, como aos 34, quando em saída errada, a bola ficou com Erik, que prendeu demais, desperdiçou a oportunidade e ainda foi gerado um contra-ataque do time santista, mas Gatito evitou o 2º gol.

 A última oportunidade para chegar ao menos ao empate foi aos 36, em cruzamento de Marcinho, com Pimpão cabeceando para fora. A equipe adversária ainda desperdiçou alguns contra-ataques.

 Difícil entender a opção do treinador em preterir Gustavo por Cícero ou João Paulo ou Alex Santana. Qual o motivo para ele ter sido barrado? Com a palavra o Barroca.

 Outra questão que o treinador poderia responder é se Léo Valencia tem treinado mal. O chileno, pelo menos em bola parada é mais eficiente do que a maioria dos companheiros. Possivelmente o chileno, por exemplo, não cobraria tão mal a sequência de escanteios que o Marcinho teve para cobrar e não foi bem, além disso, comparando com alguns do elenco, ele tem capacidade maior para assistências.

Cartões

 Amarelo para Carli e vermelho para Gilson (2 amarelos).

Escalação/Substituições

 Gatito, Marcinho, Carli, Gabriel e Gilson; Cícero, Alex Santana (Victor Rangel) e João Paulo; Erik, Diego Souza (Jonathan) e Luiz Fernando (Pimpão).

 Saudações alvinegras.

domingo, 14 de julho de 2019

Empate fora de casa na retomada do campeonato


 Após a parada para a Copa América, o Botafogo voltou a campo pelo Campeonato Brasileiro neste domingo, diante do Cruzeiro, no Mineirão. A partida terminou empatada em 0x0 e o Glorioso encerrou a 10ª rodada na 6ª colocação, uma posição acima do que havia terminado a rodada anterior.

 Apesar do tempo que teve para aprimoramento tático, técnico e físico, o que se viu no 1º tempo foi aquém do que se esperava, pois não foi muito diferente do que se via antes da parada, com muita posse de bola, mas sem poder de criação e finalização. Para complicar ainda mais, Luiz Fernando, que era quem se apresentava mais intenso ofensivamente, sentiu-se mal e foi substituído por Pimpão, logo aos 19 minutos da etapa inicial. O problema não era o sistema de jogo, mas o fato de alguns jogadores não renderem a contento, como João Paulo e Alex Santana, o que refletia na falta de efetividade criativa e, por conseguinte, ofensiva.

 No 1º tempo não tivemos oportunidades de gol, já a equipe mineira chegou aos 27, após saída errada do alvinegro no campo de defesa, quando um jogador adversário recebeu livre na área, mas concluiu mal na saída de Gatito, que ficou com a bola. Aos 40, após cruzamento da direita, um jogador mineiro concluiu na pequena área, marcado por Marcinho e mandou por cima. Antes do final da 1ª etapa, eles chegaram em dois chutes, um cruzado e outro da entrada da área, mas ambos saíram pela linha de fundo.

 O Botafogo voltou com a mesma formação após o intervalo, porém com uma postura um pouco superior a do 1º tempo. Logo aos 8 minutos, o time alvinegro chegou com chute de longe de Gustavo, mas a bola foi para fora.

 O jogo seguia equilibrado e se o alvinegro não criava oportunidades, também não era ameaçado, pois se encontrava bem postado defensivamente, valorizando a posse de bola. Aos 22, o treinador alvinegro tirou Erik, com atuação apagada, e colocou o estreante Victor Rangel.

 O Glorioso teve uma boa oportunidade aos 28, quando a bola sobrou limpa para Alex Santana na meia lua, mas ele chutou mal, por cima da meta adversária. Aos 34, novamente Alex Santana chutou mal, mandando para fora, quando uma boa opção seria ter passado para Diego Souza. Aos 38, mais uma chegada do alvinegro, com Alex Santana puxando contra-ataque, rolando na direita para Pimpão, que na área chutou mal e mandou para fora. O próprio Pimpão chegou a recuperar uma bola no meio de campo, avançou, mas acabou segurando demais a bola e o sistema defensivo do time adversário se reorganizou. Aos 39, Marcinho deu lugar a Fernando, porém nada mais relevante aconteceu na partida.

 Que o time evolua nas próximas rodadas. A postura na 2ª etapa foi superior a que foi vista no 1º tempo. Quando as chances surgirem, é preciso capricho nas finalizações. O estreante Victor Rangel buscou se movimentar, voltou para ajudar, mas não teve oportunidades na frente. O próximo jogo do Botafogo será no próximo domingo, às 11 horas, diante do Santos, no Nilton Santos.

Cartões

 Não foram aplicados cartões a jogadores alvinegros.

Escalação/Substituições

 Gatito, Marcinho (Fernando), Carli, Gabriel e Gilson; Gustavo, Alex Santana e João Paulo; Erik (Victor Rangel), Diego Souza e Luiz Fernando (Pimpão).

 Saudações alvinegras.