A situação do Botafogo dentro das quatro linhas este ano está complicada, após a pior campanha em estaduais, a eliminação na Libertadores, quando terminou na última posição de seu grupo, e agora no Brasileiro, estando poucas posições acima da zona de rebaixamento.
A questão é que fora de campo a situação é tão ruim ou até pior. Considero que a parte administrativa/financeira está pior. Ela acaba influenciando no rendimento em campo.
Os problemas não são segredos para ninguém. Os próprios jogadores levaram uma faixa a campo, antes do clássico, expondo a justa insatisfação deles pelos atrasos salariais e de direitos de imagem.
Uma das causas para a asfixia financeira vivida pelo clube foi a exclusão do Ato Trabalhista, gerando a penhora de recursos, fato que até foi levado ao conhecimento da Presidente do país. A exclusão nunca foi bem esclarecida pelo clube, mas provavelmente ocorreu por não ter cumprido com sua parte.
Sentindo a corda apertar, os dirigentes aguardam ansiosamente a aprovação em Brasília do projeto de refinanciamento das dívidas dos clubes e, pelas informações, tem tentado retornar ao Ato Trabalhista. Esse retorno obviamente não é fácil, já que após a exclusão não basta bater na porta da justiça e simplesmente pedir para voltar.
A aprovação do projeto de refinanciamento das dívidas dos clubes e o retorno do Botafogo ao Ato Trabalhista têm demorado a acontecer, o que tem complicado a situação financeira do clube e afetado a parte esportiva.
Nuvens carregadas parecem ter estacionado sobre o clube. São informações sobre futuro incerto, sobre possibilidade de jogadores pedirem para sair devido aos atrasos salariais e até de contrato com empresa administrada por familiares do dirigente máximo.
Torço para que essas nuvens carregadas se afastem e o sol volte a brilhar, fazendo as coisas se ajeitarem no clube e que possamos apenas falar da parte esportiva do Glorioso.
Saudações alvinegras.
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