quarta-feira, 24 de abril de 2019

RESIGNAÇÃO

 Em relação à entrevista que a Rádio Botafogo realizou com o Vice-Presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, resumiria em uma palavra: resignação.

 Dentre as causas para as dificuldades financeiras, ele citou o fato de não se conseguir fazer do estádio Nilton Santos algo rentável. Então vejamos, o problema é do estádio ou de quem está lá para tentar fazê-lo rentável e não consegue? Assim como no caso do Nilton Santos, as claras dificuldades para conseguir novos recursos, dificuldades para negociar bem seus jovens valores, justificam que os dirigentes se rendam e simplesmente aceitem os fatos? Não há tentativa de buscar fazer a diferença, de inovar? Se não, a solução é esperar por um milagre?

O ex-presidente, questionado sobre a falta de títulos de expressão nos últimos 40 anos (tempo em que ele disse viver a política do clube), respondeu que isso mostrava que, historicamente, o alvinegro não é um clube que conquista muitos títulos. É assim? Não se deve lamentar a falta de mais títulos porque historicamente não se vence? Com esse pensamento continuaremos a não vencer. Repito, agora sobre títulos, onde se encaixa a  tentativa de buscar o novo, de fazer a diferença? A torcida somente é renovada com conquistas, com craques no time. Títulos e jogadores diferenciados atraem e estimulam a geração de mais torcedores, do contrário, com o passar do tempo, a tendência é diminuir.

 Sobre a questão financeira ele citou que em 2017 foi um pouco melhor devido aos jogos pela Copa do Brasil e Libertadores no Nilton Santos, que tiveram grande apelo de público, gerando receitas. Isso mostra que avançar de fases em competições, disputar as posições de cima da tabela, gera receitas e ameniza a situação financeira. Para isso é preciso um planejamento perfeito na montagem de elencos, para formar equipes competitivas. Como fazer isso sem maiores recursos? Mais uma vez entra a busca por fazer a diferença, por inovar. Eles foram eleitos para isso. Aliás, o grupo político ao qual pertencia até pouco tempo, concorreu à reeleição. A responsabilidade é deles e o que presenciamos em 2018 e nesse primeiros meses de 2019 foram vexames.

 Perguntado se será candidato a presidente nas próximas eleições, respondeu ser muito cedo para falar sobre isso, ou seja, não desconsiderou a possibilidade. Convenhamos, chega de dança das cadeiras. O clube precisa evoluir.

 Em relação a voto para sócio torcedor, o ex-presidente explicou que há diferença entre sócio torcedor ligado ao Sou Botafogo, que dá direito a acesso aos jogos, e aquele ligado ao clube em si, cujo plano seria para votar, diferente do primeiro. Após a explicação, fui buscar uma entrevista feita por este blog em 2014, com os então candidatos a presidente do clube, com 15 perguntas encaminhadas aos mesmos (dos 4 candidatos apenas um não respondeu), sendo que a última pergunta foi sobre sócio torcedor com direito a voto. Para ser justo, coloco abaixo o link da entrevista, onde tem a resposta do atual vice-presidente sobre a questão e que de fato cita diferenças de planos. Parece que depois teve um folheto de campanha, não sei se na dele ou na do atual presidente, onde dizem que constava a questão de voto para sócio torcedor (não posso explanar sobre, pois não vi o folheto).

 Eis o link: 

Candidatos à Presidência do BOTAFOGO respondem 15 questões do blog


 A entrevista de ontem mostrou que já chega de mais do mesmo, que é preciso haver renovação no quadro de dirigentes do clube, com competência, com novas ideias, com busca incessante pela inovação e fazendo o clube crescer. 

 Saudações alvinegras.

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