quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Treino de luxo...para o Bahia


 O Bahia recebeu o Botafogo na Fonte Nova e não teve dificuldade para derrotar o alvinegro por 2x0. O 2º tempo, principalmente, foi um verdadeiro treino de luxo para a equipe baiana, que não foi importunada. A expulsão de Gilson ainda no 1º tempo, em lance que não ficou evidenciado qualquer toque do lateral no jogador adversário, não pode ser motivo para a atuação que se viu na etapa final, quando passamos do meio de campo em raríssimas vezes.

 Além de vergonhoso, é muito triste ver o Botafogo praticando um futebol tão ruim. Pensando a nível de final de ano e como chegaremos até lá, são preocupantes algumas situações:

- os salários atrasados, que podem sim atrapalhar a trajetória até dezembro;

- o elenco limitado tecnicamente é um problema, mas isso não pode servir de bengala. É preciso buscar alternativas de jogo, quem sabe povoar o meio de campo, colocar um extremo só. Algo precisa ser feito e logo;

- o treinador pode ter as suas convicções, mas não deveria se apegar de todas as formas às mesmas, até porque se ele se afunda com elas, leva junto a campanha da equipe;

- ainda sobre as convicções do treinador, o que justifica manter Cícero titular e, mesmo mal, atuando até o final das partidas? Gustavo, mesmo lento, se jogar perto da área pode criar algo e foi assim contra o São Paulo, mas foi barrado diante do Bahia. Acredito ser mais fácil barrar o Gustavo, ainda jovem, oriundo da base, que não deve contestar a saída do time, do que barrar um medalhão como Cícero, que embora não venha jogando bem, pode não gostar e gerar problema. Acredito que possa ser a justificativa. Outro insistentemente utilizado pelo treinador e que tem sido improdutivo é Pimpão. Acho que a convicção se transforma em teimosia;

- será que a parada para a Copa América somente foi bem aproveitada para evolução técnica e tática por nossos adversários? Afinal, desde o retorno pós Copa América, o Botafogo realizou 14 partidas (duas pela Sul-americana e 12 pelo Brasileiro), com 3 vitórias, 3 empates e 8 (OITO) derrotas. Marcamos 11 gols e sofremos 18;

- o sistema ofensivo do alvinegro é uma lástima. Em 21 partidas no campeonato, marcamos 19 gols, ou seja, menos de um gol por jogo. Para piorar, sofremos 23. Na temporada, até aqui, em 42 jogos, o número de derrotas se igualou ao número de vitórias (17). Ainda tivemos 8 empates.

 O jogo em si começou movimentado, mas foi o alvinegro que levou o primeiro susto, em bola perdida por Cícero no campo de defesa, que gerou contra-ataque perigoso, mas ele mesmo se recuperou e interceptou a jogada adversária. Aos 12 minutos, nossa melhor jogada, acho que a única, com Diego Souza lançando Victor Rangel, que dividiu com o goleiro na meia lua, a bola sobrou para Lucas Campos, que tentou por cobertura e o zagueiro tirou de cabeça. Depois tivemos um falta na entrada da área aos 17, mas a cobrança de Cícero passou perto, mas sobre o travessão.

 Aos 23, demos espaço pelo nosso lado direito, chegaram dois adversários ante a marcação de Marcinho, a bola foi cruzada, atravessou a extensão da área, um atacante escorou junto ao 2º pau e abriu o placar. Gatito foi exigido em chute de fora aos 29. Aos 32, Lucas Campos e João Paulo se chocaram ao tentar cortar uma bola, gerou contra-ataque, Gilson chegou na marcação, aparentemente não tocou no adversário, mas o juiz marcou falta na entrada da área e expulsou o nosso lateral esquerdo. Na cobrança da falta, a bola passou perto da trave de Gatito. O treinador alvinegro, para recompor a lateral esquerda, tirou Lucas Campos e colocou Lucas Barros.

 O alvinegro retornou do intervalo sem outras alterações e se limitou a se defender, não conseguindo ultrapassar a linha de meio de campo. A equipe adversária chegou com perigo aos 10 minutos, em chute forte, rasteiro, rente à trave. Aos 16, em cruzamento para a nossa área, o atacante, sozinho, cabeceou para fora. Um minuto depois, Gabriel foi sair jogando, errou o passe, um jogador baiano recebeu na direita, passou por Gabriel, cruzou em direção ao 2º pau e a bola foi escorada para as redes: 0x2.

 Com a equipe sem conseguir jogar, apática e se limitando a defender, o treinador promoveu alterações aos 20, tirando Diego Souza e colocando Rickson, e aos 31, substituindo João Paulo por Gustavo. Porém, nada mais aconteceu na partida.

Cartões

 Vermelho para Gilson.

Escalação/Substituições

 Gatito, Marcinho, Marcelo, Gabriel e Gilson; Cícero, João Paulo (Gustavo) e Diego Souza (Rickson); Lucas Campos (Lucas Barros), Victor Rangel e Pimpão.

 Saudações alvinegras.

Nenhum comentário: