O
Botafogo deu adeus à Copa Sul-Americana, mesmo saindo vitorioso durante os 90
minutos. Como devolveu o 2x1 aplicado pelo Bahia no jogo de ida, a classificação
foi definida nas cobranças de penalidades máximas e a equipe baiana saiu
vitoriosa por 5x4. Pimpão e Luiz Fernando marcaram os gols e, nas penalidades, Marcinho
e Moisés desperdiçaram, com Saulo defendendo uma cobrança.
O
torcedor alvinegro acreditou na classificação para as quartas de final,
compareceu ao Nilton Santos (foram 30 mil botafoguenses) e saiu frustrado,
decepcionado e, porque não dizer, revoltado.
Sabedor
de que em mata-mata a disputa pode ocorrer por meio de penalidades máximas, o
botafoguense torceu e criou a expectativa de que o goleiro Gatito finalmente retornasse, já que o paraguaio é acima da média no quesito defender pênaltis.
E por ser acima da média, transmite confiança aos companheiros e coloca
naturalmente pressão sobre os jogadores adversários. Mesmo já treinando com a
equipe, não foi dessa vez que o arqueiro foi liberado para a partida. A
irritação dos torcedores com a demora na recuperação dos atletas alvinegros que
se contundem é enorme. Quando um jogador vai para o DM, a expectativa dos
torcedores pelo retorno do mesmo é de total pessimismo, fruto de exemplos
recentes, como Jefferson e o próprio Gatito Fernandez.
A
eliminação trouxe também enorme prejuízo financeiro, assim como já havia
ocorrido naquele vexame pela Copa do Brasil. Isso para um clube repleto de
dívidas é terrível.
Empurrado pela torcida, o alvinegro entrou determinado, criou algumas chances e abriu
o placar aos 26, em jogada de oportunismo de Pimpão. O 1x0 classificava o
alvinegro. Era preciso atenção, mas aos 32, em bola lançada para a nossa área,
da esquerda para a direita, Moisés não marcou ninguém, um jogador baiano, livre
nas suas costas, ajeitou de cabeça para a entrada da pequena área e um
companheiro chutou e empatou. Um castigo pelo vacilo, pela falta de
atenção de um jogador que já havia cometido uma falta totalmente desnecessária
diante do São Paulo, que gerou o empate. O time alvinegro não demorou a reagir
e desempatou aos 39, com Luiz Fernando recebendo na meia direita, tirando do goleiro
e mandando para as redes.
O
Botafogo precisava de mais um gol para se classificar, mas passou a sofrer
pressão do adversário a partir dos 10 minutos da etapa final. O treinador sacou
Matheus Fernandes para a entrada de Renatinho. Quinze minutos depois a torcida
pediu Aguirre. O que o treinador fez? O colocou, mas ao invés de sacar Kieza,
quem saiu foi Luiz Fernando, que vinha bem no jogo e era esperança de conseguir
um algo a mais.
O time baiano teve uma chance incrível e somente não empatou
porque Marcinho se antecipou ao adversário e bloqueou o arremate. Marcelo
Benevenuto substituiu Bochecha. Nos últimos minutos o alvinegro teve alguns
contra-ataques, mas sempre desperdiçava no último passe ou por escolha
equivocada.
Nas penalidades, Moisés
foi o 6º alvinegro a cobrar e errou. Questionado após o jogo pela reportagem da tv,
Pimpão, que poderia ser um cobrador, disse que Moisés pediu para cobrar, que
estaria confiante. A forma com a qual o lateral esquerdo se dirigiu do meio de
campo até a marca de pênalti não aparentou ser de alguém que estivesse tão
confiante assim.
Se
tivesse que destacar um jogador nessa quarta-feira, esse seria Rabello, que
além de ter cumprido a dele, ainda cobriu alguns vacilos de Carli na 2ª etapa.
Mas quem eu gostaria de destacar de fato é o torcedor alvinegro, tão sofrido,
submetido a vexames, a eliminações doloridas, mas que sempre mostra a todos a sua paixão, o amor que tem pela
estrela solitária. Nessa quarta foram 30 mil presentes ao Nilton Santos.
O
que resta agora é a luta para fugir da degola no Brasileiro,
ou seja, mais sofrimento e mais angústia. O torcedor, pela paixão que demostra,
merece coisas boas, já o clube não tem feito por merecer os seus apaixonados torcedores.
O
Botafogo atuou com a seguinte formação: Saulo, Marcinho, Carli, Rabello e Moisés;
Lindoso, Bochecha (Marcelo Benevenuto) e Matheus Fernandes (Renatinho); Luiz
Fernando (Aguirre) e Pimpão; Kieza.
Saudações
alvinegras.
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