O
Botafogo foi até São Paulo enfrentar o Corinthians nesse sábado e retornou com
uma derrota de 2x0 na bagagem. Na véspera da partida, o treinador alvinegro
havia concedido entrevista e, entre algumas coisas, disse mais o menos o
seguinte: não se pode entrar em campo contra a equipe paulista pensando em
empatar, pois provavelmente será derrotado. Enfim, o time entraria pensando em
vencer.
O
que se viu no 1º tempo passou bem longe do que o treinador havia dito. A equipe
alvinegra se postou fechada, dando campo ao adversário, com isso levou uma
pressão enorme e não conseguia passar do meio de campo.
Na
primeira vez que o time chegou no campo de ataque, Pimpão recebeu, errou o
passe e a bola voltou para o time paulista. Falando em Pimpão, em relação à sua atuação, é só pegar as
observações de jogos anteriores e fazer um copia e cola. Difícil entender o que
faz o treinador mantê-lo como titular. Ele jogou somente o 1º tempo, etapa em
que recebeu algumas bolas e só acertou um passe para Diego Souza. Além disso,
pegou uma sobra na área e, “para variar”, pegou mal na bola. Ainda sobre esse
assunto, na vitória diante do Athlético, o Lucas Campos entrou no decorrer da
mesma e mudou o panorama, mostrando que merecia ser efetivado como titular. Porém,
a preferência (teimosia) foi manter como titular quem vem mal há tempo e que
mais uma vez em campo mostrou que não está merecendo essa preferência. Espero
que a teimosia do treinador não mine a confiança e a motivação do garoto.
No 1º tempo tivemos Gatito como responsável por
irmos para o intervalo perdendo por apenas um gol de diferença. O nosso goleiro
foi exigido e fez boas defesas aos 3, aos 11, aos 26, aos 37 e aos 44 minutos. Aos
41 o goleiro não pode evitar o arremate de primeira do atacante, após um
cruzamento da direita, quando Gilson foi facilmente driblado. Só chegamos em
chute fraco de Pimpão aos 19.
A equipe voltou do intervalo com Lucas Campos
na vaga de Pimpão, ou seja, passou um tempo inteiro insistindo com quem não vem
produzindo. Um dos pontos positivos do Lucas é que tenta jogadas verticais,
diante da mesmice produzida pela equipe.
O time alvinegro não teve como
ambicionar um resultado melhor na etapa final, pois sofreu o 2º gol logo aos 11
minutos, quando Gilson avançou, tentou driblar alguns adversários, perdeu a
bola, gerou contra-ataque, exatamente pelo seu setor, que estava desguarnecido,
a bola foi chutada, Gatito rebateu e, na sobra, outro corintiano chutou colocado
e marcou.
Perdendo por dois gols de diferença, o treinador
só voltou a mexer na equipe aos 25, tirando Gustavo e colocando o jovem Rhuan.
Porque tanta demora? O jovem Rhuan, junto a Lucas Campos, foram uns alentos no
jogo, buscando o ataque de forma mais objetiva.
Com a vantagem de dois gols, a equipe
adversária se acomodou, “sentou no resultado” e administrou a partida, dando a
falsa impressão de que o Botafogo havia equilibrado as ações. Com a diminuição de
ritmo do time adversário, o alvinegro chegou aos 31, com Diego Souza cobrando
falta e o goleiro defendendo com tranquilidade, aos 41, em cobrança de falta de
Gilson, que a zaga tentou cortar de cabeça e mandou contra o próprio travessão
e aos 47, em boa jogada de Lucas Campos pela direita, que rolou para Diego
Souza chutar em cima do goleiro. O treinador alvinegro havia feito a última
alteração aos 35, tirando Luiz Fernando e colocando Marcos Vinícius.
Foi mais um jogo que nos passou a sensação de que
poderíamos jogar durante 900 minutos e não marcaríamos um mísero gol. Partida
muito ruim do Botafogo.
Tivemos no jogo o Marcelo muito afobado e que chegou a levar amarelo em falta cometida totalmente desnecessária, na frente da
área. Gustavo fez uma partida muito fraca, meio displicente em alguns momentos,
chegando a errar um passe, que gerou contra-ataque e se não fosse Gatito
teríamos sofrido o gol. Luiz Fernando fez uma partida muito apagada.
Em entrevista após a partida, o treinador
alvinegro disse que o time controlou o jogo e não soube aproveitar as oportunidades.
Como assim Barroca? Controlou o jogo? O time não jogou e permitiu ao adversário
bombardear a meta de Gatito, que evitou placar maior. Quais as oportunidades não
aproveitadas? Um chute fraco de Pimpão, uma falta batida por Diego Souza e uma
bola no travessão, mandada pela própria zaga adversária? Jogada trabalhada
mesmo só uma, protagonizada por Lucas Campos na direita, que tocou na boa para
Diego Souza e esse sim não aproveitou. Ou seja, quem criou uma boa chance foi
aquele jovem que você preteriu, preferindo colocar Pimpão como titular. Seria
mais louvável reconhecer que o time foi mal, do que emitir uma declaração como essa.
Agora, se o treinador acredita mesmo no que disse, que a equipe controlou o jogo, aí é
caso de muita preocupação.
Cartões
Amarelo
para Marcelo, Marcinho e Cícero (3º dele, suspenso do próximo jogo, diante da
Chapecoense).
Escalação/Substituições
Gatito,
Marcinho, Marcelo, Gabriel e Gilson; Cícero, Gustavo (Rhuan) e Rickson; Pimpão
(Lucas Campos), Diego Souza e Luiz Fernando (Marcos Vinícius).
Saudações
alvinegras.
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