Então
alvinegro, sinceramente, ao assistir a partida de ontem diante do Fortaleza,
quando o Botafogo foi mais uma vez derrotado, você em algum momento vislumbrou
a possibilidade do time conseguir um triunfo, marcar gols, ao menos um? A
sensação é de que a equipe poderia ficar um dia inteiro ali e mesmo assim não
conseguiria chegar às redes adversárias, tamanha a inoperância na criação de jogadas e,
por conseguinte, ofensiva.
Gostaria
de saber, dentro das estatísticas do time alvinegro, na que se refere aos
passes, qual o percentual daqueles que são dados para trás. São exagerados os
passes para trás e mais do que atrasar para atrair a marcação adversária e
abrir espaços, os mesmos são dados por total falta de capacidade de infiltração
na defesa do time adversário.
Vejam
que quando acontecem raras jogadas em velocidade e principalmente verticais,
chances surgem, como aos 13 minutos do 1º tempo, com Diego Souza avançando pela
esquerda, cruzando e Cícero desperdiçando, ao concluir em cima do goleiro.
Tentando
resolver o problema ofensivo, uma das opções pensadas pelo treinador, há alguns
jogos, foi avançar Marcinho e efetivar Fernando na lateral direita. Ora, se o
próprio Marcinho já não é um exímio marcador, a situação piorou demais com
Fernando, que deixa espaços em demasia e isso aconteceu demais na partida em
Fortaleza. A equipe adversária explorou o setor do jovem lateral.
No
1º tempo, tirando a oportunidade desperdiçada por Cícero, só voltamos a chegar
com relativo perigo aos 33, em escanteio cobrado por Marcinho de forma fechada,
que gerou bate-rebate, mas Marcelo não conseguiu aproveitar. Já a equipe
cearense ameaçou aos 22, em chute que bateu na trave, aos 29,
em cruzamento fechado rente à trave e aos 39, em cabeceio do atacante no
travessão, após cruzamento da esquerda.
Já
no 2º tempo a única jogada que poderíamos dizer que chegou mais próximo de uma
chance de gol aconteceu aos 2 minutos, quando Diego Souza fez boa jogada, tocou
para Luiz Fernando na direita, mas a conclusão cruzada foi para fora. O time
adversário exigiu de Gatito logo com 1 minuto, em bola de cabeça, marcou um gol
aos 3, anulado corretamente pelo VAR, aos 14, em arremate da entrada da área, que Gatito
mandou para escanteio. Já aos 15, após escanteio fechado da esquerda, Marcelo tentou
cortar, mas mandou de cabeça para o próprio gol e o placar foi aberto. Depois
do gol, se alguém poderia ter chegado às redes, esse alguém foi a equipe
cearense. Aos 23, saiu um chute cruzado rente à trave. Aos 29 eles acertaram a
trave mais uma vez, em chute da entrada da área, aos 41, em chute forte de
longe, Gatito rebateu para escanteio e aos 48, quando um chute foi desviado e
Gatito se esforçou e mandou para escanteio.
Sofremos
um gol, eles tiveram um outro bem anulado, mas por questão de centímetros teria
sido validado e mandaram três bolas na trave. O alvinegro não jogou, mais uma
vez. O treinador fez três alterações, tirando Luiz Fernando, João Paulo e
Cícero e colocando, respectivamente, Marcus Vinícius, Léo Valencia e Victor
Rangel, porém absolutamente nada mudou.
O
time treina, treina, treina e não mostra evolução alguma em campo. O elenco é
limitado? É, mas têm equipes igualmente ou até mais limitadas que vem mostrando
um futebol melhor.
Alguma coisa precisa ser feita. A responsabilidade é toda da direção sim, que planeja mal,
contrata mal, não consegue patrocínios, não paga salários em dia, mas mesmo
assim é preciso mostrar em campo um futebol minimamente razoável e isso não vem
acontecendo. É preciso um fato novo para
ver se a situação melhora. O treinador não é o culpado pela péssima gestão do
clube, mas ele não vem conseguindo fazer a equipe jogar um futebol minimamente
aceitável e o que está em risco é a permanência do clube na série A.
Cartões
Amarelo
para Lucas Barros e Fernando.
Escalação/Substituições
Gatito,
Fernando, Marcelo, Gabriel e Lucas Barros; Cícero (Victor Rangel), Gustavo e João
Paulo (Léo Valencia); Marcinho, Diego Souza e Luiz Fernando (Marcus Vinícius).
Saudações
alvinegras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário