quinta-feira, 3 de agosto de 2017

O Botafogo (do Brasileiro) perde novamente

 O Botafogo parece, claro que não intencionalmente, um time com dupla personalidade, uma durante o Brasileiro e outra que dá o ar da graça na Libertadores e na Copa do Brasil, tamanha a diferença das atuações. A sensação é que nas Copas é ligada uma chave em 220V, o que não ocorre no Brasileiro.

 O time que nas Copas mantém a atenção do primeiro ao último minuto, se mostra diferente no Brasileiro, mesmo que a maioria, ou até a totalidade dos jogadores, seja a mesma. Impressionante.

 Eu esperava que nesta quarta-feira, no Nilton Santos, contra o Palmeiras, a equipe mostrasse a postura das Copas, em função do revés inacreditável do último sábado e o desejo de superá-lo, mas errando bastante, sobretudo defensivamente, o time alvinegro foi derrotado por 2x1, sofrendo gol mais uma vez no final da partida.

 Dos últimos 12 pontos disputados, o Botafogo conquistou apenas 2. No Brasileiro, o aproveitamento do clube é de 44,4%. Em 9 jogos como mandantes, vencemos apenas 4.

 A partida teve um 1º tempo fraco e o Botafogo teve dificuldades pelos sucessivos erros, tanto de passe, quanto de saída de bola da defesa para o ataque. O adversário chegou com perigo aos 4 minutos, em conclusão da entrada da área, que resvalou na nossa zaga e saiu raspando o travessão. Aos 28 Gatito fez excelente defesa, em conclusão na área, após contra-ataque originado por perda de bola de João Paulo no campo de ataque, após falta mal cobrada.

 Somente chegamos aos 31, com Roger concluindo para fora, após falta cobrada por João Paulo. No último lance da 1ª etapa, Roger cometeu falta infantil pelo lado esquerdo de defesa e após a cobrança, Rabello tentou cortar e marcou gol contra.

 A equipe voltou para a etapa final com Léo Valencia na vaga de Lindoso. Gatito fez grande defesa logo com um minuto, em lance de cabeça. O estreante Léo Valencia se movimentava bem e aos 9, após bela jogada de Matheus Fernandes, Léo Valencia recebeu, enfiou boa bola para Roger, que meio que chutou, meio que cruzou, o goleiro deu um tapinha e a bola sobrou para Pimpão cabecear e empatar a partida.

 Aos 13, Carli dominou junto da linha de meio de campo, lançou para a área, Pimpão cabeceou e o goleiro mandou para escanteio. A equipe alvinegra pressionava e aos 21 Rabello perdeu grande chance, após passe de João Paulo.

 Aos 30, Guilherme foi para o jogo, na vaga de Matheus Fernandes, mas não conseguiu produzir nada no restante da partida. Aos 35 Gatito saiu jogando errado e o gol somente não saiu porque Rabello conseguiu bloquear o chute do adversário.

 Tivemos a chance de virar aos 37, mas o goleiro mandou para escanteio o chute cruzado de Roger. Aos 40, após cruzamento da esquerda, um atacante escorou tranquilamente para as redes, entre nossos dois zagueiros, que ficaram sem qualquer reação. Brenner ainda substituiu Roger, mas não teve tempo para tentar alguma coisa.

 Em minha opinião, pela atuação no último jogo, com dois gols marcados, Marcos Vinícius poderia ter recebido uma oportunidade no transcorrer dessa partida. 

 É complicado avaliar um jogador por apenas um jogo, mas Léo Valencia parece ter condições técnicas para nos ajudar na sequência da temporada.

 É preocupante a queda de rendimento do setor defensivo. Foram seis gols sofridos nos dois últimos jogos, com algumas falhas lamentáveis.

 Falta uma semana para o jogo pela Libertadores. Que os erros sejam corrigidos e que a equipe volte a apresentar a atenção, a aplicação e a determinação que nos trouxe até aqui nas Copas e que possa nos levar ainda mais adiante.

Cartões

 Amarelo para Lindoso, Igor Rabello, Joel Carli, João Paulo e Léo Valencia.

Escalação/substituições

 Gatito, Luis Ricardo, Joel Carli, Igor Rabello e Victor Luis; Lindoso (Léo Valencia), Matheus Fernandes (Guilherme), Bruno Silva e João Paulo; Pimpão e Roger (Brenner).

 Saudações alvinegras.

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