domingo, 14 de março de 2021

Empate esfria um pouco a animação

 Se o torcedor havia se animado com as duas vitórias seguidas, uma pelo Estadual e outra pela Copa do Brasil, o empate sem gols com o Bangu, no Nilton Santos, deu uma arrefecida nessa animação. A expectativa, após 8 gols em 2 jogos, era de um bom resultado na noite de sábado. O então sentimento do torcedor nesse início da temporada 2021 não era sem sentido, já que o lamentável fim da temporada 2020 causou sérias preocupações de como seria o futuro próximo do clube.

 Se por um lado o início da temporada, com 2 vitórias e 2 empates, 8 gols pró e nenhum contra, não é para acharmos que tudo está caminhando da melhor forma, por outro não dá para dizer que após o 0x0 com o Bangu nada mudou. É preciso calma, é início do trabalho do treinador Chamusca. Ainda há muito a se fazer, contratações necessárias, como para as laterais e meio de campo, maior rodagem para os garotos, fato que vai ocorrer com o transcorrer do Estadual. A competição que mais importa esse ano, pela necessidade de acesso, é o Brasileiro, que terá início no final de maio. A Copa do Brasil também tem um alto grau de importância, principalmente pela questão financeira. Que o Estadual sirva de laboratório para moldar a equipe para o Brasileiro.

 O time ontem não apresentou em campo, sobretudo no 1º tempo, a intensidade vista em São Luís, diante do Moto Club. Não se pode deixar de lado que o time viajou para São Luís, jogou lá na quarta-feira, retornou de viagem e já no sábado entrou em campo para enfrentar o Bangu. Difícil não haver desgaste.

 O time no 1º tempo, embora superior ao adversário, criou poucas oportunidades. Teve uma em cabeceada de Marcelo na área, com a bola resvalando na zaga e saindo para escanteio e outra em jogada individual de Enio pela esquerda, que cortou dois marcadores e chutou para fora. A equipe adversária chegou algumas vezes, mas levou perigo apenas em uma, com Douglas fazendo boa defesa para escanteio. O time perdeu Pedro Castro nessa etapa, que sentiu uma lesão e deu lugar  a Matheus Frizzo.

 Na etapa final a intensidade aumentou um pouco e o alvinegro foi bem superior ao adversário, mas não conseguiu criar tantas chances e não aproveitou as que criou. Defensivamente não foi incomodado. O treinador colocou Matheus Nascimento e Davi Araújo nos lugares de Warley e Enio (os substituídos não repetiram as boas atuações anteriores). O Davi já teve outras oportunidades e não correspondeu. Nesse sábado continuou não acrescentando nada. Já Matheus buscou bastante as jogadas, se movimentou bem e teve uma boa oportunidade, em bola ajeitada por Frizzo, mas ele mandou por cima. Mais duas alterações foram feitas, mas sem resultados práticos. Entraram Luiz Otávio e Rickson e saíram Zé Welison e Marcinho. Em minha opinião, uma das alterações poderia ter sido Navarro na vaga de Babi, para mudar um pouco as características, já que o time estava forçando demais cruzamentos, em função da altura do Babi, mas sem resultados.

 Os atacantes não estiveram em noite inspirada. A zaga foi pouco incomodada. Frizzo fez um bom jogo. Acho que o time fica meio travado com Zé Welison, com a saída de bola mais lenta.

 O próximo jogo será contra o Vasco, em São Januário, no próximo final de semana.

 Botafogo: Douglas Borges; Jonathan, Marcelo, Kanu e Sousa; Zé Welison (Luiz Otávio), Pedro Castro (Matheus Frizzo) e Marcinho (Rickson); Warley (Matheus Nascimento), Matheus Babi e Enio (Davi Araújo).

 Saudações alvinegras.

Nenhum comentário: