terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Quem ama o clube somos nós, APENAS nós

 Em minha opinião, essa é a realidade, afinal discursos de jogadores declarando amor ao clube são bonitos, em alguns momentos comovem e até nos fazem acreditar que é um sentimento verdadeiro, mas quem de fato ama o clube somos nós, seus torcedores.

 O "amor" do jogador, ou pelo menos o seu discurso vai até quando surgem seus próprios interesses. Somos nós que amamos o clube, sofremos e nos alegramos por ele, não ganhamos e nem pedimos nada em troca, a não ser, é claro, que participe das competições de forma digna, mas isso não depende do clube, mas sim de seus dirigentes, alguns deles torcedores como nós, outros nem perto disso.

 Fui surpreendido com a ação na justiça movida por Gabriel, que busca a rescisão contratual devido às dívidas do clube com ele e, com base na repercussão nas redes sociais, muitos também foram pegos de surpresa.

 Ele está buscando seus direitos? Sim, está, mas o que surpreendeu foi o seu discurso nos dias que antecederam a notícia da ação judicial, em que declarava respeito ao clube e até a possibilidade de permanecer durante a campanha da série B. O choro pelo rebaixamento e o discurso dos últimos dias vão em sentido contrário à ação judicial.

 Com base em suas declarações, não teria sido mais coerente procurar os novos dirigentes para conversar sobre as perspectivas futuras e até mesmo sobre a intenção de não permanecer, possibilitando assim que o clube negociasse com outro clube? 

 Respeito e admiração são adquiridos com gestos e ações, mas também são gestos e ações que criam desapontamento e decepção.

 Há exemplos de jogadores que passaram a se identificar de fato com o clube e se transformaram em torcedores, como Túlio (cabeça de área) e Maurício, assim como há outros que apenas se identificam quando lhes convêm.

 Exemplo mesmo de amor ao clube foi Nilton Santos, a quem sempre renderemos todo respeito e admiração, além da eterna saudade.

 Saudações alvinegras.

 Twitter: @OpiniaoBotafogo

8 comentários:

Marcos Paret disse...

É amigão, mas até o Maurício-7 nos deixou na pista, por um contrato relâmpago com o exterior.

Íamos, no brasileiro de 89, com o time já bem tranquilo pela perda do jejum e muito bem na competição nacional quando ele, após desequilibrar mais um jogo no Maraca (acho que foi contra a Lusa com Roberto Dinamite), recebeu proposta do exterior e chorou copiosamente ante o Emil para sair.

Emil não teve outra saída senão negociá-lo. O jogo seguinte era contra o Vasco e se vencêssemos a partida, chegaríamos na reta final à frente dos vascaínos, em condições de decidir a taça contra o S. Paulo (seria a vingança perfeita para 81) mas sem o matador, ficamos no 2x2 contra os cruzmaltinos (era a época daquela escrita - nunca os vencíamos em jogos normais) e assim, eles é que foram para a decisão.

Vida que segue - outros 'Gabriéis' surgirão da nossa ótima base.

Cadré disse...

Paret, bom ter alvinegros com a história do clube viva na memória. Confesso que não me lembrava desse detalhe, provavelmente a quebra do jejum abafou qualquer outro fato no período. Inclusive, pelo seu relato, ele suplicou pela saída, diferente de agora, quando ao mesmo tempo em que eram dadas declarações de amor, também era feita ação judicial.
Mas como você mesmo disse, vida que segue.

Marcos Paret disse...

Pois é cara.

Vivi cada momento após a epopéia que foi o 4x0 no Vasco na decisão de 68 e lhe afirmo: perdemos alguns títulos fácies mas o de 71, quando o gol foi roubado mas a nossa empáfia era maior, o de 77, quando num 0x0 com o Galo do Reinaldo no Maraca acabamos por ficar fora de uma final moleza por um ponto, o de 81 quando a nossa fraqueza política deixou a bagunça correr solta no Morumbi e este de 89, que perdemos com a saída do Maurício, foram os 4 títulos mais tranquilos que já vi escaparem.

Outros ocorreram mas estes 4 foram os mais significativos.

Cadré disse...

Paret, aquele 2x3 de 81 é difícil de digerir até hoje.

Marcelo Braga disse...

Sem esquecer a final de 92, quando nos bastavam dois resultados iguais! Perdemos.. Mas a vida segue. Fogão sempre!

Cadré disse...

Marcelo, primeiramente seja bem vindo ao nosso espaço.
De fato 92 foi outra oportunidade que desperdiçamos, quando o campeonato fugiu de nossas mãos naquele fatídico 1º jogo da final.
Sigamos em frente, o Fogão dará a volta por cima.

Marcos Paret disse...

Sim meus amigos, mas sobre 92 paira uma nuvem mais escura do que o esgoto por onde passam as decisões de quem manda no nosso futebol.

A história de que Playboy e Valber se venderam para Márcio Braga que lhes prometeu contratos no exterior à moda 'framenga' e de que Renato Gaucho não estava nem aí para o nosso clube cola e cola muito bem.

Éramos um timaço, exceto pelo Chicão. passamos o rodo em quem apareceu pela nossa frente e, ao contrário, eles tinham um timeco com o badalado (mais badalado do que craque) Junior, o baila comigo. No segundo jogo, como o nosso time esfacelado e já em formação mista, suaram para segurar um 2x2 (partiram ganhando pela empolgação mas quando colocamos os nervos no lugar, os encurralamos).

Cadré disse...

Pois é Paret, nosso time é muito superior. Ainda houve o lance do churrasco, que gerou o desligamento do jogador entre um jogo e outro da decisão. Uma pena, afinal era time para ser campeão.