domingo, 4 de março de 2018

Tropeço ou rasteira?


 A equipe do Botafogo foi derrotada por 1x0 no clássico desse sábado, no Nilton Santos. O estádio era nosso, mas o mando de campo deles, tanto que pagaram aluguel para sua utilização. O placar não traduziu a realidade, já que o alvinegro fez uma partida parelha com o adversário, continua mostrando evolução com o novo treinador e o jogador que marcou o gol deles, aos 3 minutos do 1º tempo, em jogada aérea, estava em posição de impedimento.

 Ao invés de considerarmos um revés, um tropeço, podemos dizer que foi uma rasteira praticada contra o Glorioso, obviamente pela atuação da arbitragem, péssima por sinal. Se eles marcaram em impedimento, nós tivemos um gol anulado aos 22 minutos da 1ª etapa, com Kieza, em lance muito mais difícil do que a ilegalidade no gol deles. Isso mostra que a expressão “pau que dá em Chico, dá em Francisco” nem sempre funciona, principalmente quando um dos envolvidos é certo clube.

 Além da péssima arbitragem, tivemos uma transmissão igualmente ruim. Aos 16 minutos, Ezequiel invadiu a área e foi derrubado. Tivemos a jogada reprisada por vários ângulos? Absolutamente não! Nem no intervalo do jogo. Curioso é que na sequência da jogada, um jogador adversário foi fazer uma firula, sofreu falta de Marcinho e o lance foi repetido diversas vezes. O foco era dado quando o lance favorecia o adversário. Até o gol deles, irregular, do jeito que comentaram na transmissão, ficou parecendo que a falta desnecessária cometida por Rabello foi mais determinante do que o erro da arbitragem.

 Tivemos dois lances em que jogadores adversários acertaram os rostos de alvinegros com as mãos/braços, mas cartões eram dados para os nossos. Um jogador adversário cometeu falta, mas o cartão foi dado para outro e o que deixou de receber acabou recebendo a seguir, o que seria o 2º. Ah, mas expulsaram um jogador deles. Depois do carrinho que o jogador adversário deu no Rabello, seria muita desfaçatez a não expulsão.

 Quanto à atuação da equipe, depois da instabilidade inicial gerada pelo gol aos 3 minutos de jogo, o Botafogo foi se organizando em campo e equilibrou a partida. Chegou aos 14, em chute cruzado de Ezequiel, que o goleiro mandou para escanteio e em cobrança de falta aos 24, efetuada por Léo Valencia, que o goleiro novamente mandou para escanteio.

 Gatito só voltou a ser exigido aos 29, em cobrança de falta. Ontem as jogadas que o time construiu não tinham sequência quando a bola chegava em Pimpão e, principalmente, Léo Valencia. O chileno continua devendo muito, acrescentando muito pouco para a equipe.

 O time voltou do intervalo com Leandro Carvalho no lugar de Ezequiel. Particularmente, preferia a saída de Pimpão, mal na partida de ontem. Léo Valencia foi substituído aos 13 minutos da etapa final, dando lugar a Marcos Vinícius, que logo aos 23 fez jogada individual, chutou forte e a bola passou por cima do travessão. Um minuto depois o adversário assustou, em bola cabeceada entre os nossos marcadores.

 Quase empatamos aos 31, quando Marcelo cabeceou e o goleiro salvou. O nosso treinador sacou Pimpão aos 35 e colocou Brenner, porém nada mais aconteceu de relevante, que pudesse alterar o placar da partida.

 Ressalto mais uma vez que o Botafogo vem demostrando evolução desde a chegada do treinador Alberto Valentim. O time finalmente parece ter encontrado dois laterais, mas ainda carece de jogadores com maior qualidade técnica na criação das jogadas. Carece de um jogador que dite o ritmo no meio de campo, com capacidade para criar jogadas ofensivas e que imponha respeito por sua qualidade técnica.

Cartões

 Amarelo para Pimpão, Moisés, Ezequiel, Marcelo e Leandro Carvalho.

Escalação/substituições

 Gatito, Marcinho, Marcelo, Igor Rabello e Moisés; Lindoso, João Paulo e Léo Valencia (Marcos Vinícius); Ezequiel (Leandro Carvalho), Kieza e Pimpão (Brenner).

 Saudações alvinegras.

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