O
Botafogo conquistou a primeira vitória no Brasileirão 2019, superando o Bahia
por 3x2, no Nilton Santos. Antes de qualquer análise do jogo em si, é
importante ressaltar a relevância de se aproveitar o fator casa. O treinador
Barroca teve a seu dispor o retorno do atacante Diego Souza, mas não pode
contar com o lateral Jonathan, que se recupera de contusão, tendo entrado Gilson em seu
lugar.
O
jogo mal iniciou e o alvinegro levou um susto, quando o lateral esquerdo baiano
recebeu no ataque aos 5 minutos, conseguiu cruzar rasteiro com toda
tranquilidade, a bola atravessou a extensão da pequena área, um atacante
escorou junto ao 2º pau e abriu o placar. O
time alvinegro sentiu o gol sofrido e demorou a se reorganizar em campo. Nesse
meio tempo, aos 19, a equipe baiana atacou pela direita, a bola foi cruzada e
saiu uma conclusão de cabeça, porém para fora.
A
primeira chegada com real perigo que o Botafogo conseguiu foi aos 24, quando Pimpão
pegou um rebote no bico da grande área, pela esquerda, chutou forte e o goleiro
espalmou. O lance parece ter acordado a equipe, que passou a ser superior em
campo. Aos 29, após escanteio cobrado por João Paulo pela direita, Carli
escorou de cabeça na área, Cícero ajeitou com o peito e Erik, de voleio, encheu o pé e
estufou a rede adversária: 1x1!
O
Botafogo continuou melhor em campo e buscava a virada, que veio a acontecer aos
35, quando Gilson recebeu na esquerda, cruzou, Pimpão pegou mal na bola, que
sobrou na entrada da pequena área para João Paulo, que somente escorou para o
fundo da rede: 2x1 Fogão!
Mesmo
com o time alvinegro em uma crescente em campo, a equipe baiana voltou a
assustar aos 40, por meio de um lançamento nas costas de Gilson, mas Gatito se
antecipou ao atacante e ficou com a bola. Aos 47, em chute cruzado da direita, Gatito
defendeu firme. A seguir, Erik recebeu no ataque, rolou para Cícero na meia
direita, que avançou, ganhou de dois marcadores, entrou na área, chutou firme
no canto e ampliou: 3x1 Fogão!
A
equipe, com boa vantagem no placar, voltou do intervalo mais fechada, mas não
conseguia encaixar contra-ataques. Embora jogando mais no campo de ataque, a
equipe baiana não conseguia chegar com perigo. Aos 12 minutos o treinador
alvinegro tirou Pimpão e colocou Léo Valencia. Um minuto depois, João Paulo deu
excelente passe para Diego Souza na área, mas o atacante não conseguiu tocar na
bola e perdeu boa oportunidade.
O
tempo passava e a vantagem era mantida a favor do time alvinegro. Aos 21 a
equipe do Bahia chegou em cruzamento rasteiro da esquerda, com a bola sendo
escorada rente à trave. Aos 23, Alex Santana foi para o jogo, na vaga de Erik.
Aos 30, após cruzamento de Marcinho, Léo Valencia dominou pela esquerda, chutou
forte e o zagueiro salvou de cabeça, quase em cima da linha. Logo após esse
lance, Cícero foi substituído por Luiz Fernando.
Se
a ideia era ter em Luiz Fernando uma opção para puxar contra-ataques em
velocidade, na oportunidade que ocorreu, o lançado foi Léo Valencia, mas falta
velocidade ao chileno, que foi facilmente ultrapassado pelo marcador, que ficou
com a bola. Aos 37, um jogador baiano recebeu pela direita de ataque, quem
estava deslocado por aquele lado na marcação era Marcinho, que foi facilmente
driblado, a bola foi cruzada, Gatito deu um tapinha, mas sobrou livre
para um adversário, que escorou com tranquilidade para o gol, diminuindo o
placar para 3x2. Depois a tensão tomou conta até o apitou final do árbitro, em
que pese a equipe baiana não ter criado chances mais claras de gol.
É
preciso buscar uma solução para a lateral direita. Primeiro que Marcinho não
vem bem, tendo dado espaço no lance que originou o primeiro gol e sendo
facilmente driblado na jogada do segundo. Era um temor quando as jogadas de
ataque do time adversário eram feitas pelo seu setor. Um segundo ponto é que
Marcinho está suspenso para a próxima fase da Sul-Americana, então é importante
já dar ritmo de jogo ao seu substituto, seja o jovem Fernando ou Marcelo
improvisado no setor.
Até dá
para entender a opção do treinador por Pimpão entre os titulares, quando
olhamos pelo lado tático, por exercer as funções a ele determinadas com muita
vontade. A questão é quando olhamos a questão técnica e é essa que precisa
evoluir. Quando de posse da bola, em jogadas ofensivas, muitas vezes o jogador
acaba desperdiçando boas opções.
Ontem
ficou claro que não se pode deixar Léo Valencia como válvula de escape para
jogadas de contra-ataques. O jogador não tem velocidade para tal. Não adianta
insistir em bolas esticadas para ele.
Gustavo
fez uma partida muito boa. Em minha opinião, precisa ter a seu lado um companheiro
mais incisivo na marcação, aquele para fazer o que se costuma chamar de "trabalho sujo", ficando com Gustavo a saída de bola, pois qualidade tem de sobra.
Diego
Souza não teve a participação que esperamos, mas não há como negar que
a falta de um meia de criação acaba por dificultar bastante para ele, já que a bola
geralmente não chega com qualidade.
O
próximo jogo será domingo, às 16 horas, diante do Fortaleza, também no Nilton
Santos. O comparecimento dos alvinegros é muito importante na busca por mais uma
vitória.
Cartões
Amarelo
para Pimpão, Gatito e Gilson.
Escalação/Substituições
Gatito,
Marcinho, Carli, Gabriel e Gilson; Gustavo; João Paulo, Cícero (Luiz Fernando),
Erik (Alex Santana) e Pimpão (Léo Valencia); Diego Souza.
Saudações
alvinegras!
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