segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Presa fácil


 Sim, o Botafogo na partida diante do Grêmio, em Porto Alegre, não passou de presa fácil para a equipe gaúcha. Uma derrota por 3x0 sem ter o que contestar, tamanha a fragilidade do futebol apresentado pelo alvinegro. Acrescenta-se a isso o fato de não termos visto na equipe alvinegra um empenho, uma atenção de quem disputava mais um jogo decisivo, na luta contra o risco de rebaixamento.

 O jogo começou morno, estudado, mas a equipe gaúcha quase abriu o placar aos 8 minutos, em conclusão para fora, após cruzamento da esquerda. Um minuto depois, em cruzamento de João Paulo da direita, Victor Rangel cabeceou para fora. Aos 11, um jogador gaúcho recebeu no campo de ataque, dominou e, sem ser importunado por qualquer marcador, encontrou um companheiro livre na área (em condições legais proporcionadas por Carli), que dominou e concluiu na saída de Gatito, a meia altura, abrindo o placar. A facilidade encontrada pelo time adversário para marcar o gol remete ao que escrevemos no início sobre a questão da necessidade de empenho e atenção total de quem disputava uma decisão.

 O gol do time gaúcho piorou a situação do time em campo. O Botafogo somente voltou a chegar com certo perigo na área adversária aos 33, após bate-rebate, com Victor Rangel tentando de voleio, a bola resvalando ainda em Diego Souza e saindo pela linha de fundo. Aos 42, o time alvinegro recuperou uma bola no campo de ataque, Diego Souza recebeu pelo lado direito, chutou forte e o goleiro se esticou e mandou para escanteio. Na cobrança do escanteio, a bola foi cabeceada e o goleiro mais uma vez espalmou. A equipe gaúcha apertou nos minutos finais: aos 44, em chute de longe, Gatito defendeu; aos 46, após falta cobrada do bico da grande área, pela direita, a bola bateu no travessão de Gatito.

 A equipe voltou do intervalo ainda pior em campo. O treinador resolveu mexer no time aos 9, tirando Léo Valencia e colocando Igor Cássio. O Grêmio quase ampliou aos 15, em troca de passes na nossa área, com Gatito espalmando para escanteio a conclusão gaúcha. Com o time ainda mal, o treinador substituiu Victor Rangel por Alex Santana aos 16. A primeira chegada do Botafogo com certo perigo aconteceu aos 22, em falta cobrada por Marcinho pela direita, com Diego Souza cabeceando para fora. Aos 25 minutos, Carli tentou um passe no campo de defesa, a bola ficou com o time adversário, que atacou pela esquerda, a bola foi na nossa área e concluída para as redes.

 A equipe não consegue produzir no ataque e ainda falha defensivamente, ficando a situação ainda mais complicada. Aos 27 minutos, em cruzamento da direita, Alex Santana tentou concluir de primeira e mandou para fora. Aos 34, em contra-ataque, a bola foi na nossa área, houve um bate-rebate e sobrou livre para um gaúcho chutar forte para as redes, marcando o terceiro. O treinador fez a última alteração aos 37, tirando Luiz Fernando para a entrada de Rhuan e somente não podemos dizer que nada mais aconteceu na partida, porque Gatito ainda evitou o quarto gol, após contra-ataque.

 Uma atuação muito ruim do Botafogo, mais uma por sinal, de desanimar. Se tiver que destacar alguém, seria apenas o zagueiro Gabriel. A equipe, se quiser somar os pontos necessários para fugir de qualquer risco de rebaixamento, precisa ser mais combativa em campo. Não dar espaços ao adversário, muito diferente do que aconteceu em Porto Alegre. As limitações técnicas do time, que são evidentes, precisam ser compensadas com empenho e disciplina tática. O primeiro gol, logo aos 11, derrubou qualquer planejamento tático que por ventura tenha sido elaborado para a partida. E esse primeiro gol foi fruto de espaço em demasia que os jogadores adversários tiveram, com a marcação distante e assistindo.

 O próximo jogo, mais decisivo ainda, por se tratar de adversário direto na luta contra o rebaixamento, será quinta-feira, no Nilton Santos. A presença do torcedor se faz fundamental, pois pode empurrar a equipe para uma vitória diante do Cruzeiro, que faria o alvinegro abrir 7 pontos sobre o próprio adversário, que no momento é o primeiro do Z4.

Cartões

 Amarelo para Cícero e Yuri.

Escalação/Substituições

 Gatito, Marcinho, Carli, Gabriel e Yuri; Cícero, João Paulo, Léo Valencia (Igor Cássio) e Diego Souza; Luiz Fernando (Rhuan) e Victor Rangel (Alex Santana).

 Saudações alvinegras.

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