O
Botafogo foi derrotado pelo Santa Cruz, em Recife, por 1x0, perdeu a liderança e
agora ocupa a 4ª posição no campeonato. Embora ainda no G4, é preocupante a
queda de rendimento do time e a incerteza do futuro.
A
decepção não é nem tanto por hoje, cuja dificuldade já era esperada, em jogo em que o adversário nem foi superior, mas é, principalmente, pelo futebol pobre
que temos mostrado, como nos empates em casa, contra Criciúma e Luverdense.
Tivesse
o alvinegro vencido hoje, amenizaria um pouco os tropeços anteriores, mas não,
mais um revés aconteceu, sendo este o terceiro jogo seguido sem marcar um mísero gol.
Não
cansamos de dizer que o nosso meio não funciona e mais uma vez ele falhou. Sem
articulação de jogadas não há como o ataque funcionar. Sem marcar gols,
qualquer falha defensiva pode ser fatal, como ocorreu hoje, pois não temos
poder de reação, por falta de qualidade técnica mesmo.
Hoje
o time até que esteve mais compacto no 1º tempo, com mais posse de bola, mas
sem criar. Somente uma chance, aos 22 minutos, quando Carleto cobrou falta
com força, o goleiro deu rebote e Navarro concluiu abafado pelo zagueiro, que cortou
para escanteio.
O
adversário não assustava, mas vacilamos aos 37 minutos, deixando muito espaço
no nosso lado direito e um jogador pernambucano recebeu livre, chutou da
entrada da área e Jefferson fez grande defesa, mandando para escanteio.
Octávio
foi mal no 1º tempo e eu esperava que ele fosse sacado no intervalo, mas o time
voltou com a mesma formação. Nem deu tempo de perceber como as equipes se
comportariam na 2ª etapa, pois logo aos 5 minutos o adversário chegou atacando pela direita e a bola foi cruzada em direção ao 2º pau, onde Luis Ricardo não
conseguiu cortar e o atacante, livre, cabeceou para as redes.
Se
com o jogo, de certa forma, controlado não criamos perigo,
com a desvantagem no placar o time não mais se encontrou em campo.
O
treinador mexeu aos 11, sacando Neilton e colocando Sassá, mas inexplicavelmente
deixou o improdutivo Octávio em campo. Somente aos 23 minutos ele saiu do time
para a entrada de Lulinha.
As
alterações mudaram alguma coisa? Nada! Sassá e Lulinha nada renderam e,
sinceramente, ambos têm mostrado que não dá para esperar muita coisa deles.
Aos
31 o treinador tirou o volante Serginho, que teve uma boa estreia e colocou
Daniel Carvalho. O mais perto de uma oportunidade que tivemos no 2º tempo foi
por meio de escanteio cobrado por Daniel Carvalho, aos 37, em que Navarro cabeceou para
fora. Em relação ao atacante uruguaio, não fez nada além do que Luis Henrique
poderia ter feito. Diria até que ele fez menos.
Pouco,
muito pouco para um clube das tradições do Botafogo. As emoções que a torcida
alvinegra tem tido nos jogos são em jogadas em que Jefferson aparece salvando a
equipe. Emoções ofensivas? Praticamente nenhuma.
É
decepcionante, triste e desanimador.
Jogadas
de habilidade pelo meio, quando ocorrem, são com o lateral Luis Ricardo que,
face às limitações dos meias, deveria ser deslocado para o meio, mas aí surge
outro problema: quem colocar na lateral, já que Gilberto saiu?
Nosso
ataque parou desde a saída de Pimpão. Quem vai suprir tal ausência? Neilton?
Liberando
os diversos meias improdutivos não dá para trazer um 10 com um pouco mais de
qualidade e eficiência?
Paciência
tem sempre um limite. Com a palavra a direção de futebol do clube. Um pouco mais
de eficiência nas ações destes dirigentes não seria pedir muito. Ou seria?
Receberam cartões amarelos: Serginho, Lulinha
e Carleto.
Botafogo:
Jefferson, Luis Ricardo, Renan Fonseca, Giaretta e Carleto; Serginho (Daniel
Carvalho), William Arão, Octávio (Lulinha) e Diego Jardel; Neilton (Sassá) e Navarro.
Saudações
alvinegras.
Twitter:
@OpiniaoBotafogo
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