Sofrimento e tristeza

 O sofrimento, infelizmente, deve durar até o final do ano, quando terminará a campanha no Brasileiro e, também, quando terminará a gestão atual do Botafogo.

 Muitas vezes ficamos com raiva quando tem jogos que poderíamos ter vencido, mas acabamos perdendo. Não foi o caso hoje. Aliás, há tempos não tem sido esse o caso do Botafogo. Atualmente, o sentimento é apenas de tristeza em assistir o meu time em campo apresentando um futebol tão ruim, tão pobre, tão abaixo das nossas tradições.

 Hoje, mais uma derrota, por 2x0 para o Atlético/PR, em Curitiba.

Foi a sétima derrota na competição, após 14 jogos. No ano foi a 17ª derrota (vencemos apenas 10 jogos).

 Teria sido mais digno se os atuais gestores renunciassem a seus cargos no clube, que dissessem que tentaram, mas não conseguiram conduzir um clube da grandeza do Botafogo. Infelizmente o atual presidente já declarou que vai até o final da gestão, mesmo recebendo muitas críticas e com torcedores pedindo sua renúncia. Isso, para mim, demonstra falta de amor pelo clube. Se pensasse no Botafogo ele daria chance a outra pessoa tentar tirar o clube dessa situação de penúria.

 Sobre o jogo em si, o que falar? Que em 90 minutos só criamos uma situação mais perigosa de gol, em chute de Sheik de dentro da área?

 Um primeiro tempo ruim, em que poderíamos ter sofrido o gol aos 23, quando Jefferson salvou arremate de cabeça de dentro da área. Aos 45, Jefferson não pode fazer nada quando o atacante se antecipou a Dória (nova falha do zagueiro) e cabeceou para as redes.

 No 2º tempo o Atlético chegou com perigo com um minuto e, novamente, aos três minutos. Depois disso o Botafogo cresceu pelo fato do adversário ter recuado. Daniel, que entrou  no intervalo, na vaga de Lucas, se não foi um destaque, pelo menos criou algumas boas jogadas e se aproximou de Sheik.

 Mancini colocou Zeballos aos 16 na vaga do inoperante Rogério.

 Mesmo pressionando, faltou objetividade ao Botafogo, que criou apenas uma chance com Sheik aos 33, que chutou de dentro da área, o goleiro deu rebote, Gabriel tentou colocar pelo alto, mas a bola bateu no zagueiro, depois em Zeballos e sobrou para o goleiro.

 Tivemos um ataque rápido aos 36, quando Zeballos chutou de dentro da área e a bola bateu na zaga e saiu para escanteio.

 Aos 38 entrou Júlio César e saiu Junior César. O Junior César hoje me dava a impressão que na metade do campo de ataque havia uma parede invisível, pois ele não passava daquele ponto.

 Aos 47, quando fomos no desepero em busca do empate, o adversário, em contra-ataque, fez o 2º gol e decidiu o jogo.

 Receberam cartões amarelos: para Dória, Junior Cesar e Sheik. Dória e Sheik, suspensos, não poderão enfrentar o Fluminense.

 Botafogo: Jefferson, Lucas (Daniel), Bolívar, Dória e Junior César (Júlio César); Airton, Gabriel, Edílson e Ramirez; Sheik e Rogério (Zeballos).

 Saudações alvinegras.

 Twitter: @OpiniaoBotafogo