Difícil
escrever sobre uma derrota do Botafogo, como foi a de hoje. A derrota era inesperada, pelo fato de termos jogado em casa e pelas campanhas das duas equipes. O resultado não foi absurdo devido ao jogo que
o Botafogo fez, ou se preferirem, ao jogo que não fizemos.
O
time fez um 1º tempo muito ruim, com erros de passes em demasia, mas incrivelmente
foi para o intervalo vencendo, fruto de cobrança de falta de Edílson. Após o intervalo,
com Hyuri em lugar de Seedorf, o Botafogo impôs velocidade, teve chance de
ampliar, mas voltou a cair de produção, dando
campo ao adversário e acabou derrotado. Com isso, além de não se aproximar do líder, viu a diferença
aumentar para oito pontos.
Perder
para o Cruzeiro, líder, no Mineirão, é normal, mas fica difícil engolir uma
derrota para o Bahia em pleno Maracanã, quando nosso objetivo era o título da
competição.
O
momento agora é de analisar os erros cometidos, acertar o que for necessário e
focar nos próximos jogos, pois se a liderança ficou mais distante, a nossa
permanência no grupo que se classificará para a Libertadores continua firme, mas
para isso a campanha não pode desandar.
É
preciso equilíbrio de todos nesse momento.
O
1º tempo foi recheado de falhas do Botafogo. Dória errou três bolas no início, que resultaram em cartão para ele, em defesa difícil de Jefferson e em chute perigoso do adversário. A segurança que eu esperava com os retornos, hoje não tivemos.
Edílson e Jefferson também erraram saídas de bola, proporcionando lances perigosos.
O
Bahia chegou diversas vezes com perigo.
Aos
30, houve falta em Rafael Marques próximo da área. Edílson cobrou com força e
abriu o placar.
O
1º tempo terminou com nossa vitória, mas sem merecermos.
O
Botafogo voltou do intervalo com Hyuri em lugar de Seedorf e com mudança de postura, passou a explorar jogadas de velocidade.
Logo
aos 2 minutos, após cobrança de escanteio, Bolívar escorou de cabeça para Rafael
Marques, que concluiu também de cabeça, para defesa do goleiro.
Elias
sentiu contusão aos 5 minutos e foi substituído por Alex.
Chegamos
novamente aos 6, com Edilson tocando para Alex na área. O atacante ajeitou e chutou
rasteiro no canto, o goleiro defendeu parcialmente e a bola sobrou para Lodeiro
que chutou sem ângulo, mas o goleiro salvou.
Aos
11 minutos tivemos uma grande chance de abrir 2x0, quando Rafael Marques chutou de muito
longe, o goleiro bateu roupa e a bola sobrou para Hyuri, sozinho, que chutou em
cima do goleiro. Com um pouco de tranquilidade nesse
lance, poderia até ter driblado o goleiro, para depois completar.
O Bahia voltou a crescer na partida e teve diversas chances e em duas delas Jefferson fez grandes defesas.
Aos
36 o Botafogo tinha posse de bola no ataque, com Dória tentando fazer uma jogada
individual próximo a área adversária, mas a bola foi roubada e no contra ataque
lançaram na esquerda, um atacante ganhou de Edílson na corrida e cruzou para a
área, achando Fernandão livre para cabecear e empatar. Dória tem muito crédito,
mas não entendo sinceramente o time com vantagem no placar e um zagueiro
tentar, aos 36 minutos, fazer uma jogada individual no ataque e a equipe
ficar com um buraco na defesa. Erros como esse não podem mais acontecer.
Um
minuto depois Jefferson evitou outro gol do Bahia, mas aos 40, após falta na
intermediária, a bola foi lançada na área e Obina, em impedimento, na frente do
bandeira, marcou de cabeça, decretando o placar final.
Alex ainda recebeu cartão amarelo nesse jogo, por falta cometida no meio de campo.
Destaco apenas nessa partida o goleiro Jefferson, que apesar da derrota evitou
que o Bahia fizesse outros, e Júlio César.
Botafogo:
Jefferson, Edílson, Bolívar, Dória e Júlio César; Marcelo Mattos, Gabriel, Seedorf
(Hyuri), Lodeiro (Henrique) e Rafael Marques; Elias (Alex).
Saudações
alvinegras.
4 comentários:
Não podemos nem reclamar de arbitragem, senão vão dizer que é "chororô". Mas nos últimos dois jogos, fomos prejudicados com o pênalti mal marcado para o Cruzeiro, quando o jogo estava 1 a 0 e poderíamos reagir; e hoje com este impedimento não marcado (três jogadores estavam em posição ilegal) no lance que resultou no segundo gol, da vitória de virada do Bahia.
É Wesley, mas hoje fica difícil até reclamar, pois a quantidade de chances que o Bahia teve foi grande, sendo superior no jogo. O fato é que jogamos mal demais e por incrível que pareça poderíamos até ter matado o jogo com Hyuri em dois lances e Lodeiro em outro. Perder faz parte do jogo, mas perder com uma atuação como a de hoje é que me deixa chateado.
Conforme já disse em comentário lá no BE amigo Cadré, o time perdeu para si mesmo, no erro crasso de "esquecer" que com a saída de Seedorf, mesmo este não jogando nada, ficou sem meio de campo, já que mesmo mal o holandês ainda é capaz de chamar um Mattos e um Gabriel e, com gestos, dizer-lhes aonde entregar a bola.
O que posso falar é que o time tem que abrir os olhos pois do contrário, repete anos anteriores nos quais na hora de comer o filé (jogos contra fracos), acaba dando moral a estes times.
O time tem que se ligar e rápido pois o Cruzeiro ainda vai perder mais pontos.
É Paret, de fato faltou à equipe jogar com inteligência no 2º tempo e exemplo disso foi a jogada que resultou no gol de empate. Faltou alguém para organizar o meio, que poderia ter sido Octávio, substituindo Elias, já que Hyuri já havia entrado no lugar de Seedorf. Em relação à preocupação para daqui a diante, é pertinente. Importante equilíbrio e análise das falhas para que o time retorne com a boa fase.
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